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ELETRICIDADE
Redução do consumo de energia no país foi menor que nos anos anteriores, por causa do calor excessivo
Economia com horário de verão diminui
FERNANDO GODINHO
enviado especial a Minaçu (GO)
O horário de verão iniciado em 6
de outubro do ano passado proporcionou economia de energia
inferior à dos anos anteriores.
Dados preliminares do Ministério de Minas e Energia divulgados
ontem pelo ministro Raimundo
Brito indicam que a redução na
demanda foi de 3,8% (contra 4%
dos anos anteriores, em média).
O cálculo final ficará pronto
duas semanas após o término do
horário de verão, que termina à
meia-noite de hoje.
Após esse horário, os relógios terão que ser atrasados uma hora.
A economia deste ano foi menor
porque o consumo de energia durante a vigência da medida foi
maior que a verificada nos anos
anteriores.
As altas temperaturas verificadas durante o verão, principalmente na região metropolitana do
Rio de Janeiro, provocaram um
grande consumo de energia.
A Eletrobrás, holding federal do
setor elétrico, calcula que a economia gerada pelo horário de verão
representa o gasto de 2,5 milhões
de consumidores médios no período -o que equivale a todo o
Estado de Goiás ou uma vez e meia
a cidade de Brasília.
Segundo dados do ministério, os
Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo obtiveram o menor
percentual de redução no consumo de energia durante o horário
especial: 2,8%.
O maior percentual foi registrado em Goiás, Distrito Federal e
Mato Grosso: 5,6%. Em São Paulo,
a redução foi de 4,4%.
O horário especial vigora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste,
além do Distrito Federal e dos Estados da Bahia e do Tocantins.
Tanto o ministro Raimundo Brito como diretores da Eletrobrás
descartaram a possibilidade de
ocorrer racionamento de energia
após o fim do horário de verão.
Os reservatórios das usinas hidrelétricas brasileiras estão com
77% de sua capacidade, sendo que
o período chuvoso dura cerca de
mais dois meses.
Com isso, os reservatórios deverão atingir 86% da capacidade, o
que afastaria qualquer risco de
blecaute no país.
"Com o fim do horário de verão,
a folga do sistema será menor. Mas
será suficiente para que ele seja
operado com segurança", afirmou
o diretor de Operações da Eletrobrás, Mário Santos.
Foi de
3,8
por cento a redução de demanda por
energia elétrica no país com a adoção do
horário de verão, na temporada 97/98
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