São Paulo, sábado, 28 de fevereiro de 1998

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ASSALTO
Quadrilha levou R$ 32 mil de posto bancário em empresa metalúrgica de Guarulhos
Granada mata suspeito durante roubo

RODRIGO VERGARA
da Reportagem Local

Um assalto a um posto bancário de uma empresa metalúrgica de Guarulhos (Grande São Paulo), ontem de manhã, terminou com a morte de um dos acusados do crime, após a explosão de uma granada de mão, e a prisão de outros três suspeitos.
Com os acusados, a Polícia Militar apreendeu outra granada, quatro pistolas, três revólveres, uma submetralhadora, uma escopeta e uma carabina, além de munição.
Todo esse armamento e pelo menos mais uma metralhadora, vista com um suspeito que fugiu, foram usados para roubar R$ 32 mil da empresa Cindumel.
O assalto à empresa teve início minutos depois da saída do carro-forte, que levou o dinheiro do pagamento dos funcionários.
Sete homens armados invadiram o posto bancário e fugiram com o dinheiro em três carros. A PM formou um cerco na Fernão Dias.
O primeiro contato com os acusados ocorreu no km 88, quando dois PMs pararam um Gol com três suspeitos. Ao revistarem os acusados, um deles, Célio Vasconcelos, teria exibido uma granada e ameaçado explodi-la.
Para evitar que Vasconcelos retirasse o pino que detona o explosivo, o soldado Odinei José da Silva segurou as mãos do suspeito, mas o pino foi retirado mesmo assim.
Dois outros PMs intervieram. Um chutou a mão de Vasconcelos e jogou a granada no chão. O segundo jogou o explosivo num matagal. Mas a granada não explodiu. Vasconcelos foi preso junto com Elias Cardoso da Silva e Paulo Sérgio de Santana.
Mas a cerca de 800 metros dali, uma outra granada explodiu, no colo de Omar da Silva Firmo, acusado de fazer parte da quadrilha. Ele trafegava no banco do passageiro de um Logus pela Fernão Dias quando a granada detonou.
A explosão destruiu três vidros, o teto e o painel do carro.
Firmo perdeu as duas mãos, teve ferimentos e queimaduras em todo o corpo e morreu no local. Segundo testemunhas da explosão, o motorista do Logus desceu do carro com uma arma e fugiu.
Cerca de 200 metros adiante, ele parou um carro e obrigou o motorista a levá-lo até a rodovia dos Trabalhadores. Segundo disse o refém à polícia, ele estava ferido na cabeça, nos braços e nas pernas.



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