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SEGURANÇA
Cinco dos detidos eram foragidos da Justiça; nove regiões de São Paulo foram ocupadas, e houve a apreensão de 22 armas
Megablitz com 1.540 policiais prende 23
DA REPORTAGEM LOCAL
Nove regiões de São Paulo amanheceram ontem ocupadas por
1.540 policiais, em uma megablitz
apelidada pela Secretaria da Segurança de ""operação-auditoria"
-por causa do confronto de dados virtuais com a realidade.
O nome vem do fato de os locais
terem sido escolhidos pelo sistema informatizado de dados criminais e porque a ação tenta verificar se há risco real neles.
"As operações são direcionadas,
até para reformar os indicadores
que temos. O único jeito de testar
é auditar", diz o secretário da pasta, Saulo de Castro Abreu Filho.
Em nove horas de blitze, das 6h
às 15h de ontem, foram abordadas 7.500 pessoas, mas apenas 23
foram presas -cinco foragidos
da Justiça e 18 em flagrante.
""Não se busca resultado. Temos
de trabalhar todo dia", afirma o
secretário, sobre a dimensão da
operação e o resultado obtido.
É a segunda operação desse
porte este mês. No dia 8, 1.200 policiais civis ocuparam a favela
Pantanal, na zona norte. Dessa região saíram os assassinos do prefeito Celso Daniel.
Agora os policiais apreenderam
22 armas, entre elas três fuzis,
além de granadas (veja quadro).
Na blitz, F.N.N., 17, conhecido
como Binho, foi detido pela PM,
suspeito de participar do sequestro de Celso Daniel. Ele, que é cunhado de Itamar Messias dos
Santos, preso por pertencer à quadrilha de sequestradores, prestou
depoimento e foi liberado.
As equipes atuaram nas maiores favelas da capital e nos bolsões
da divisa com Osasco, Diadema,
Mauá e Guarulhos, na Grande SP.
Não houve troca de tiros durante
as blitze. A Justiça concedeu um
mandado de busca e apreensão
coletivo para as áreas-alvo.
Horas antes de a megaoperação
começar, homens do COE (Comando de Operações Especiais)
prenderam na zona norte cinco
homens com armas -um fuzil e
uma pistola- e mapas do presídio José Parada Neto de Guarulhos, o mesmo de onde presos escaparam de helicóptero no início
do ano. Para a polícia, o grupo
tentaria resgatar presos. Três deles eram condenados procurados:
José Augusto da Rocha Ferreira,
35, Claudionor Silva de Brito, 24, e
Renato da Silva Oliveira, 26.
Equipamentos
Ontem, o secretário da Segurança Pública e o delegado-geral da
Polícia Civil do Estado, Marco
Antonio Desgualdo, participaram
da entrega de 560 armas para a
polícia. O investimento foi de cerca de R$ 1,8 milhão, segundo relatório da secretaria, fora a munição
(R$ 1,6 milhão).
Colaborou o Agora
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