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Acidente nas cataratas alerta para segurança
Dois turistas morreram em passeio de barco
MARÍLIA ROCHA
LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO
A morte de dois turistas
americanos em um acidente
de barco nas Cataratas do
Iguaçu, na última semana,
alerta para a necessidade de
checar itens de segurança
que costumam ser negligenciados em passeios e esportes de aventura.
As vítimas estavam em um
barco de uma empresa argentina -o acidente ocorreu
no país vizinho.
No Brasil, só uma empresa
tem permissão para levar turistas em passeios de barco
pelas cataratas. A fiscalização é feita pela Capitania Fluvial do Rio Paraná.
Segundo o parque, os barcos brasileiros vão apenas
até as quedas d'água menores e não circulam no local do
acidente com os americanos.
Mesmo assim, é importante usar coletes salva-vidas e
verificar se a lotação do bote
está dentro do limite permitido pela legislação.
A mesma recomendação
serve para outro esporte um
pouco mais radical, feito nas
águas com correnteza.
No rafting, o mais popular
entre os praticados em Brotas, no interior de São Paulo,
também são equipamentos
obrigatórios o remo e o capacete de proteção.
NO AR
No paraquedismo, é raro
que os clientes se informem
sobre a segurança, diz o diretor técnico da Federação
Paulista de Paraquedismo,
José Roberto Schleiffera.
"As pessoas são muito interessadas no número de
parcelas e na resolução das
fotos, mas quase nunca na
quantidade de saltos que o
instrutor já fez", afirma.
O garçom Thiago Christofoletti, 23, fez seu primeiro
salto na sexta-feira em Boituva, mas não buscou informações sobre segurança.
"Se procurasse saber demais, ia acabar desistindo",
afirma Christofoletti.
Ele só checou o dispositivo
de disparo automático (que
abre o paraquedas automaticamente se algo acontece
com o instrutor) após ser informado pela reportagem.
No balonismo, segundo a
confederação do esporte, é
preciso observar o registro do
piloto e do balão.
"O balão sem prefixo não
poderia estar voando", diz o
vice-presidente da confederação, Leonel Brites.
Em outubro do ano passado, três pessoas morreram
em Boituva. Um laudo técnico atribuiu o acidente a "anomalias meteorológicas".
Por terra -ou, neste caso,
areia-, os passeios de buggy
no Rio Grande do Norte, muito comum nas dunas da praia
de Genipabu, perto de Natal,
seguem regras estaduais.
EMOÇÃO
Todos os carros que têm
autorização para circular são
adesivados. E mesmo nos
passeios "com emoção"
-em que o turista escolhe
manobras rápidas nas dunas- a velocidade máxima
não deve passar de 60 km/h,
prevê a regulamentação.
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