|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CRIME ORGANIZADO
Equipe da PF deverá acompanhá-los
Juízes brasileiros irão ao Uruguai interrogar o "comendador" Arcanjo
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O "comendador" João Arcanjo
Ribeiro, 51, será interrogado por
juízes federais de Mato Grosso no
dia 5 em Montevidéu, Uruguai,
onde foi preso no início de abril.
Arcanjo tem cinco mandados
de prisão decretados. Ele é acusado de sonegar R$ 842 milhões da
Receita Federal, de assassinato, de
lavar dinheiro no Uruguai, nos
Estados Unidos e na Suíça e de comandar o crime organizado em
Mato Grosso com ramificações
em outros quatro Estados.
O juiz Julier Sebastião da Silva,
da 1ª Vara Federal de Cuiabá
(MT), disse que, para permitir o
interrogatório, houve um acordo
com o Judiciário do Uruguai por
meio de um tratado de 1916.
Como Arcanjo responde a processo na 3ª Vara Federal, o juiz
César Augusto Bearsi também
deve interrogá-lo. Uma equipe da
PF deve acompanhar os juízes.
Sílvia Shirata, mulher do "comendador", presa em Montevidéu, e o uruguaio Adolfo Sesini,
acusado de ser "testa-de-ferro" da
organização criminosa, serão ouvidos também.
Anteontem, o garçom Edson
Marques de Freitas, 45, confessou
ao juiz Julier Sebastião da Silva ser
um "laranja" de Arcanjo. Ele aparece como sócio da Confiança Fomento Mercantil que, segundo o
Ministério Público Federal, sonegou R$ 500 milhões.
Outro lado
Os advogados de Arcanjo afirmam que a origem do dinheiro
será comprovada. Sobre o depoimento de Freitas, o advogado
João dos Santos Gomes Filho disse que não tinha conhecimento
do que foi dito à Justiça.
Texto Anterior: "Venda" de internos a asilo é investigada Próximo Texto: Urbanismo: Prefeitura deve fechar Capim Santo Índice
|