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São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 2003

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CRIME ORGANIZADO

Equipe da PF deverá acompanhá-los

Juízes brasileiros irão ao Uruguai interrogar o "comendador" Arcanjo

HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

O "comendador" João Arcanjo Ribeiro, 51, será interrogado por juízes federais de Mato Grosso no dia 5 em Montevidéu, Uruguai, onde foi preso no início de abril.
Arcanjo tem cinco mandados de prisão decretados. Ele é acusado de sonegar R$ 842 milhões da Receita Federal, de assassinato, de lavar dinheiro no Uruguai, nos Estados Unidos e na Suíça e de comandar o crime organizado em Mato Grosso com ramificações em outros quatro Estados.
O juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal de Cuiabá (MT), disse que, para permitir o interrogatório, houve um acordo com o Judiciário do Uruguai por meio de um tratado de 1916.
Como Arcanjo responde a processo na 3ª Vara Federal, o juiz César Augusto Bearsi também deve interrogá-lo. Uma equipe da PF deve acompanhar os juízes.
Sílvia Shirata, mulher do "comendador", presa em Montevidéu, e o uruguaio Adolfo Sesini, acusado de ser "testa-de-ferro" da organização criminosa, serão ouvidos também.
Anteontem, o garçom Edson Marques de Freitas, 45, confessou ao juiz Julier Sebastião da Silva ser um "laranja" de Arcanjo. Ele aparece como sócio da Confiança Fomento Mercantil que, segundo o Ministério Público Federal, sonegou R$ 500 milhões.

Outro lado
Os advogados de Arcanjo afirmam que a origem do dinheiro será comprovada. Sobre o depoimento de Freitas, o advogado João dos Santos Gomes Filho disse que não tinha conhecimento do que foi dito à Justiça.


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