|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Direito de gestante não é exercido
CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma lei municipal assegura
transporte coletivo gratuito a gestantes e mães de recém-nascidos
de baixa renda até hospitais e postos de saúde para as consultas de
pré-natal e de acompanhamento
do bebê no primeiro ano de vida.
Apesar de regulamentada há dois
anos, a lei não saiu do papel.
A falta de pré-natal é apontada
pelos médicos como uma das
principais causas de mortalidades
materna e infantil.
Segundo o vereador Carlos Alberto Bezerra Jr. (PSDB), autor da
lei, existe um orçamento de R$ 2
milhões para a implantação do
programa, que também prevê vagas nos hospitais para gestantes
na hora do parto e o recebimento
gratuito de medicamentos. No
entanto, diz o vereador, a prefeitura, além de não cumprir a lei,
estaria remanejando parte dessa
verba para outros programas da
Secretaria da Saúde do Município. Mês passado, o promotor
Antonio Carlos Gasparini começou a investigar a denúncia e pediu explicações à secretaria.
"Muitas gestantes não fazem o
pré-natal porque não têm dinheiro para o ônibus até o posto de
saúde", diz Bezerra, que também
é médico obstetra.
Para ter direito ao benefício, a
gestante deve se cadastrar na Secretaria Municipal da Saúde e receber uma carteira de identificação com os dados do pré-natal. Se
apresentar duas faltas não-justificadas, ela perde o benefício.
Segundo Jael Barbosa de Albuquerque, coordenadora do projeto de saúde da mulher do município, não existe recurso para a implantação do programa. Ela diz
que a secretaria enviou a questão
à SPTrans, que está realizando
um estudo de impacto para saber
de que forma a lei será cumprida.
Texto Anterior: Saúde: Mortes maternas são subestimadas no país Próximo Texto: Estudo do HC comprova eficácia da soja nos sintomas da menopausa Índice
|