São Paulo, sexta-feira, 28 de maio de 2010

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FOCO

Expulso do Ibirapuera, time de rúgbi adota Aclimação

LETICIA DE CASTRO
DE SÃO PAULO

Eles têm 28 anos de experiência no mundo do esporte, mas são novatos na Aclimação (região central de SP).
Depois que o espaço onde treinaram por três anos, próximo ao parque Ibirapuera, entrou em reforma, os atletas do time de rúgbi Pasteur Athletique passaram a ocupar a praça Rosa Alves da Silva, na rua Machado de Assis.
A mudança foi em janeiro. Ao todo, são cerca de 80 pessoas, entre garotos, garotas e adultos, que ocupam o campo da praça nas noites de segunda e quarta. A grande movimentação, com direito a apitos e gritos, já virou atração no bairro e chama a atenção dos moradores.
Como o estudante André Padilha, 19, fanático por futebol, que começou a se interessar por rúgbi após assistir aos treinos do Pasteur.
"Já estou pensando em trocar de modalidade", diz o rapaz, que tenta uma vaga para se juntar ao time.
Para quem considera o esporte violento, os adeptos esclarecem: "Não há um pingo de violência. É um esporte colaborativo, mas de muito contato físico".
Quem afirma é o também treinador Paulo Meirelles, 26, três pinos na perna e um ligamento no ombro rompido por causa do rúgbi.
Para retribuir a acolhida que tiveram no bairro, os jogadores querem fazer melhorias na praça, como trocar as lâmpadas, instalar lixeiras e, o principal, construir vestiários. Para isso tudo, porém, ainda aguardam autorização da Subprefeitura da Sé.
Enquanto o OK não sai, eles improvisam. "O bom de treinar na praça é a interação com a comunidade. O duro é ficar sem banheiro e sem luz", afirma o treinador.


Colaborou ANDRESSA TAFFAREL


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