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FOCO
Expulso do Ibirapuera, time de rúgbi adota Aclimação
LETICIA DE CASTRO
DE SÃO PAULO
Eles têm 28 anos de experiência no mundo do esporte,
mas são novatos na Aclimação (região central de SP).
Depois que o espaço onde
treinaram por três anos, próximo ao parque Ibirapuera,
entrou em reforma, os atletas
do time de rúgbi Pasteur
Athletique passaram a ocupar a praça Rosa Alves da Silva, na rua Machado de Assis.
A mudança foi em janeiro.
Ao todo, são cerca de 80
pessoas, entre garotos, garotas e adultos, que ocupam o
campo da praça nas noites de
segunda e quarta. A grande
movimentação, com direito a
apitos e gritos, já virou atração no bairro e chama a atenção dos moradores.
Como o estudante André
Padilha, 19, fanático por futebol, que começou a se interessar por rúgbi após assistir
aos treinos do Pasteur.
"Já estou pensando em
trocar de modalidade", diz o
rapaz, que tenta uma vaga
para se juntar ao time.
Para quem considera o esporte violento, os adeptos esclarecem: "Não há um pingo
de violência. É um esporte
colaborativo, mas de muito
contato físico".
Quem afirma é o também
treinador Paulo Meirelles, 26,
três pinos na perna e um ligamento no ombro rompido
por causa do rúgbi.
Para retribuir a acolhida
que tiveram no bairro, os jogadores querem fazer melhorias na praça, como trocar as
lâmpadas, instalar lixeiras e,
o principal, construir vestiários. Para isso tudo, porém,
ainda aguardam autorização
da Subprefeitura da Sé.
Enquanto o OK não sai,
eles improvisam. "O bom de
treinar na praça é a interação
com a comunidade. O duro é
ficar sem banheiro e sem
luz", afirma o treinador.
Colaborou ANDRESSA TAFFAREL
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