São Paulo, sábado, 28 de maio de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Não há novidade, diz representante dos familiares

FÁBIO GRELLET
DO RIO

Para o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447, Nelson Marinho, o relatório preliminar do BEA não permite tirar nenhuma conclusão.
"O relatório fala muito, mas não diz nada", afirma Marinho, cujo filho morreu no acidente.
"Primeiro plantaram o boato de que o piloto era culpado para testar a opinião pública. Como houve uma reação contrária imediata, eles agora vieram com essa notícia. O que foi dito todo mundo já sabe: os pitots deixaram de funcionar e o avião caiu."
"Vai haver uma feira de aviões da Airbus na França. Se divulgam as causas completas [do acidente] e dizem que o avião tem problema, e nós sabemos que tem, as vendas vão cair", afirma.
Ele critica ainda a decisão da Justiça francesa de retirar os corpos do mar de forma seletiva. "Quem pode decidir se quer ou não o corpo são as famílias", diz.
Para José Roberto Souza, que desenvolve estudo sobre pitots na Coppe, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), as informações demonstram que os pitots não eram resistentes às condições atmosféricas a que foram submetidos.
"Os três aparelhos congelaram, então não foi uma coisa eventual."


Texto Anterior: Empresas: Air France elogia pilotos
Próximo Texto: Pilotos voavam "às cegas", dizem especialistas
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.