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RETRATOS DO BRASIL
Na região metropolitana, 11,2% dos moradores saem da cidade para trabalhar ou estudar em outro município, segundo o IBGE
População flutuante em SP chega a 1,2 mi
DA SUCURSAL DO RIO
Na região metropolitana de São
Paulo, 1,2 milhão de pessoas, ou
11,2% da população, saem quase
que diariamente do município
onde residem para trabalhar ou
estudar em outra cidade.
Essa realidade, calculada pela
primeira vez pelo IBGE, é encontrada também em número significativo na região metropolitana do
Rio de Janeiro, onde 826 mil pessoas, ou 13,6% dos moradores, se
deslocam de seus municípios de
domicílio. Em todo o país, esse
número é de 7,4 milhões de brasileiros, ou 6,7% da população.
"Os fluxos altíssimos acontecem em cidades altamente interligadas, como as que compõem as
regiões metropolitanas do Rio e
de São Paulo", afirma o pesquisador Wolney Menezes, do Departamento de Geografia do IBGE.
São Gonçalo, no Grande Rio, tinha em sua população 149 mil
pessoas que trabalhavam em outra cidade e lidera entre as cidades
brasileiras. Nova Iguaçu, na mesma região, é a segunda, com 139
mil. A terceira é Osasco (Grande
SP), com 117 mil pessoas. São
Paulo também apresenta um número grande: 114 mil paulistanos.
A maioria (72,1%) dos brasileiros que se deslocam para outro
município faz para trabalhar. Os
que estudam são 18,1% e os que
trabalham e estudam, só 9,8%.
São casos como o do porteiro
Geraldo dos Santos Júnior, 21,
gasta uma hora e meia para chegar ao trabalho. Ele mora em
Francisco Morato e trabalha em
São Paulo, no bairro de Pirituba.
Santos está entre os 1,2 milhão de
pessoas que realizam movimento
pendular na Grande SP.
Santos explica que passa somente meia hora no trem. O problema é que anda uma hora a pé
para economizar. Caso contrário,
gastaria um quarto do salário
com transporte. De ônibus, levaria duas horas e lhe sairia mais caro, cerca de R$ 180 por mês, contra os R$ 60 que gasta.
Colaborou a Reportagem Local
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