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Terminou ontem a greve dos agentes penitenciários do Estado do Rio. Em quatro dias de paralisação, foram registradas três tentativas de fuga, dois presos feridos a tiros e a demissão de sete diretores de presídio. Os agentes retornaram ao trabalho após assembléia realizada de manhã em frente ao complexo penitenciário de Bangu ( zona oeste).
Eles decidiram encerrar a greve depois que receberam documento assinado pelo governador fluminense, Anthony Garotinho (PSB), com a promessa de cumprir as reivindicações da categoria, incluindo o reajuste de 19%.
Na madrugada de ontem, policiais militares encontraram um túnel com cerca de 2 m de extensão no presídio Alfredo Trajan (Bangu 2), localizado no complexo penitenciário de Bangu.
O túnel estava a poucos metros de uma galeria de esgoto, localizada entre as celas e o muro de 8 m de altura que cerca o presídio.
No telhado, os policiais militares acharam terra, estiletes, uma faca de cozinha e um copo coberto com papel alumínio, usado na escavação do túnel.

Outras exigências
O Sindicato dos Servidores da Secretaria Estadual de Justiça informou que, nos próximos dias, estará negociando com o governo outras exigências da categoria, já que o aumento prometido por Garotinho é referente apenas aos meses de maio, junho e julho. Os agentes estão exigindo a inclusão do mês de abril.
Os agentes também querem o recebimento de triênio sobre o valor bruto do salário, a criação de um concurso público para 3.000 vagas e o retorno aos cargos dos sete diretores demitidos.
Os sindicalistas decidiram realizar uma nova assembléia no dia 27 de agosto, para verificar o cumprimento das reivindicações.
Durante a paralisação, a PM (Polícia Militar) ocupou 15 presídios no Rio e em Niterói (cidade a 14 km da capital). Cerca de mil PMs participaram das ocupações.

Feridos
O preso Paulo Luís Sena, 22, baleado na cabeça, na quarta-feira, durante manifestação no presídio Vicente Piragibe, em Bangu, permanece internado em estado grave no hospital Souza Aguiar.
A detenta Maria Neucy Jesus das Silva, 23, baleada no braço esquerdo, passa bem, segundo o Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário). Ela foi ferida anteontem, ao tentar fugir com outras 30 mulheres do presídio feminino Talavera Bruce (Bangu).



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