São Paulo, domingo, 28 de julho de 2002

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Resgate de detentos motivou ações

DA REPORTAGEM LOCAL

O recrutamento de condenados pelo serviço de inteligência da Polícia Militar começou a partir do resgate de 13 presos ligados ao PCC, em maio do ano passado, na rodovia Castello Branco.
Era o segundo ataque da organização contra o governo do Estado, que já sofria severas críticas por causa da megarrebelião simultânea liderada pelo PCC em 29 presídios, em 18 de fevereiro.
O então comandante-geral da PM, Rui César Melo, determinou ao reservado que aumentasse o monitoramento sobre eles. ""Era para podermos nos antecipar."
O oficial, porém, nega que sabia das infiltrações do Gradi.
O primeiro preso recrutado teria sido Fernando Henrique Rodrigues Batista, 22, o Chacal, selecionado durante as investigações do resgate na Castello.
Ao todo, a Folha identificou cinco condenados aliciados.
Primeiro, eles faziam contatos telefônicos para o serviço reservado de dentro dos presídios. Depois, passaram a sair por um ou dois dias para missões específicas.
No início deste ano, já passavam um mês fora da prisão com autorização do juiz-corregedor dos presídios, Octávio Augusto Machado de Barros Filho.
Depois, começaram a não voltar mais. As autorizações eram renovadas por meio de ligações dos policiais do Gradi para o juiz.
O não-retorno dos condenados é que teria despertado a atenção do juiz para as irregularidades, segundo ele afirmou à Folha.


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