São Paulo, quarta-feira, 28 de julho de 2004

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SEGURANÇA

Andre Matthey foi morto quando fechava o portão da casa da família da namorada brasileira; suspeita é de tentativa de assalto

Suíço é assassinado a tiros na zona sul

DO "AGORA"

O engenheiro suíço Andre Denis Matthey, 61, foi morto anteontem à noite na casa da namorada, a brasileira Ironi dos Santos, 34, na Vila Gumercindo, região da Saúde (zona sul de São Paulo).
A família dela acredita que houve uma tentativa de assalto e que Matthey acabou baleado por não entender o que os ladrões diziam.
Santos, que é auxiliar de departamento e trabalha na Suíça, namorava Matthey havia dez meses. Segundo a família dela, o casal estava no Brasil havia 15 dias e voltaria para a Europa na próxima segunda-feira. "Eles já estavam com as passagens compradas", contou Carlos Henrique dos Santos, 18, sobrinho da auxiliar.
Matthey estava no Brasil a trabalho, pois desenvolvia o projeto de uma fábrica de autopeças em Joinville (SC). Ele era divorciado e vivia na cidade de Lausanne.
O engenheiro foi morto com quatro tiros, por volta das 19h, na garagem da casa da família de Santos, localizada na travessa Dom Sebastião do Rego, a cerca de 500 metros de um posto da Polícia Militar na Vila Gumercindo, um bairro de classe média.
O engenheiro havia saído para fazer compras no supermercado, acompanhado por duas sobrinhas adolescentes da namorada, num automóvel Toyota Corolla.
Na volta, ele estacionou o carro na garagem e foi fechar o portão, enquanto as sobrinhas guardavam as compras em casa. Nesse momento, a família ouviu quatro tiros. Vizinhos e parentes correram à garagem e encontraram Matthey caído ao lado do carro. Ele foi levado ao do Hospital São Paulo, onde morreu.
A principal hipótese da polícia é que Matthey tenha sido abordado por dois ladrões. Irritados com a dificuldade do suíço em falar português, os ladrões teriam atirado e fugido sem levar nada.
"Ele falava alguma coisa de português, mas não o bastante para conversar com um ladrão", disse Carlos Henrique.
"O roubo é a hipótese principal, mas não estamos desconsiderando nenhuma outra", disse o delegado Carlos Eduardo Silveira Martins, do 16º DP (Vila Clementino). Segundo uma testemunha, logo após o crime, dois homens jovens e bem-vestidos pularam na carroceria de uma picape Corsa preta, um quarteirão após o local do crime. O motorista teria saído em alta velocidade.


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