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SEGURANÇA
Andre Matthey foi morto quando fechava o portão da casa da família da namorada brasileira; suspeita é de tentativa de assalto
Suíço é assassinado a tiros na zona sul
DO "AGORA"
O engenheiro suíço Andre Denis Matthey, 61, foi morto anteontem à noite na casa da namorada,
a brasileira Ironi dos Santos, 34,
na Vila Gumercindo, região da
Saúde (zona sul de São Paulo).
A família dela acredita que houve uma tentativa de assalto e que
Matthey acabou baleado por não
entender o que os ladrões diziam.
Santos, que é auxiliar de departamento e trabalha na Suíça, namorava Matthey havia dez meses.
Segundo a família dela, o casal estava no Brasil havia 15 dias e voltaria para a Europa na próxima
segunda-feira. "Eles já estavam
com as passagens compradas",
contou Carlos Henrique dos Santos, 18, sobrinho da auxiliar.
Matthey estava no Brasil a trabalho, pois desenvolvia o projeto
de uma fábrica de autopeças em
Joinville (SC). Ele era divorciado e
vivia na cidade de Lausanne.
O engenheiro foi morto com
quatro tiros, por volta das 19h, na
garagem da casa da família de
Santos, localizada na travessa
Dom Sebastião do Rego, a cerca
de 500 metros de um posto da Polícia Militar na Vila Gumercindo,
um bairro de classe média.
O engenheiro havia saído para
fazer compras no supermercado,
acompanhado por duas sobrinhas adolescentes da namorada,
num automóvel Toyota Corolla.
Na volta, ele estacionou o carro
na garagem e foi fechar o portão,
enquanto as sobrinhas guardavam as compras em casa. Nesse
momento, a família ouviu quatro
tiros. Vizinhos e parentes correram à garagem e encontraram
Matthey caído ao lado do carro.
Ele foi levado ao do Hospital São
Paulo, onde morreu.
A principal hipótese da polícia é
que Matthey tenha sido abordado
por dois ladrões. Irritados com a
dificuldade do suíço em falar português, os ladrões teriam atirado e
fugido sem levar nada.
"Ele falava alguma coisa de português, mas não o bastante para
conversar com um ladrão", disse
Carlos Henrique.
"O roubo é a hipótese principal,
mas não estamos desconsiderando nenhuma outra", disse o delegado Carlos Eduardo Silveira
Martins, do 16º DP (Vila Clementino). Segundo uma testemunha,
logo após o crime, dois homens
jovens e bem-vestidos pularam na
carroceria de uma picape Corsa
preta, um quarteirão após o local
do crime. O motorista teria saído
em alta velocidade.
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