São Paulo, sábado, 28 de julho de 2007

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TAM não diz valor de apólice e irrita parentes das vítimas

DENISE BRITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao ser questionada, ontem, numa reunião com parentes das vítimas do acidente em Congonhas, a diretoria da TAM não informou qual o valor da apólice de seguro contratada para casos de acidente. O fato irritou os familiares.
"O Líbano [Barroso, vice-presidente de finanças] disse que a apólice não tem valor especificado, o que é impossível. Nós, então, exigimos que eles apresentassem a apólice e eles ficaram de fazer isso até quarta-feira", disse Luís Moysés, que perdeu a mulher, Nádia.
A reunião ocorreu no hotel em Moema onde a maioria dos parentes está hospedada. Eles manifestaram revolta com o não-comparecimento do presidente da companhia, Marco Antônio Bologna, cuja presença havia sido acertada previamente, assim como em outras duas reuniões anteriores - às quais também não apareceu.
Procurada pela reportagem, a empresa não comentou valores, afirmando apenas que "possui seguro de responsabilidade civil, que segue os padrões internacionais, capaz de cobrir danos pessoais e materiais".
Na reunião, os representantes da companhia estiveram cercados por seguranças.
Vários familiares usaram o microfone para desabafos emocionados. "Me sinto em um supermercado. A empresa tem seu lucro e suas despesas. Nós aqui somos despesas", disse uma mulher.
Uma caminhada de 19 entidades em apoio às famílias sairá amanhã, às 9h, do Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera, até o local do acidente, ambos na zona sul.


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