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TAM não diz valor de apólice e irrita parentes das vítimas
DENISE BRITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao ser questionada, ontem,
numa reunião com parentes
das vítimas do acidente em
Congonhas, a diretoria da TAM
não informou qual o valor da
apólice de seguro contratada
para casos de acidente. O fato
irritou os familiares.
"O Líbano [Barroso, vice-presidente de finanças] disse
que a apólice não tem valor especificado, o que é impossível.
Nós, então, exigimos que eles
apresentassem a apólice e eles
ficaram de fazer isso até quarta-feira", disse Luís Moysés,
que perdeu a mulher, Nádia.
A reunião ocorreu no hotel
em Moema onde a maioria dos
parentes está hospedada. Eles
manifestaram revolta com o
não-comparecimento do presidente da companhia, Marco
Antônio Bologna, cuja presença havia sido acertada previamente, assim como em outras
duas reuniões anteriores - às
quais também não apareceu.
Procurada pela reportagem,
a empresa não comentou valores, afirmando apenas que
"possui seguro de responsabilidade civil, que segue os padrões
internacionais, capaz de cobrir
danos pessoais e materiais".
Na reunião, os representantes da companhia estiveram
cercados por seguranças.
Vários familiares usaram o
microfone para desabafos emocionados. "Me sinto em um supermercado. A empresa tem
seu lucro e suas despesas. Nós
aqui somos despesas", disse
uma mulher.
Uma caminhada de 19 entidades em apoio às famílias sairá amanhã, às 9h, do Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera, até o local do acidente,
ambos na zona sul.
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