São Paulo, terça, 28 de julho de 1998

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"Ele tem de ir para um hospital'

da Reportagem Local

"Ele não podia ficar preso aí (no 12º DP). Ele tinha de ir direto para uma clínica, para um hospital, onde pudesse ser tratado."
Às 13h, seis horas depois do término de seu sequestro, Rosa Maria de Lima Barbosa, 26, sabia o que Vital precisava, mas não sabia ainda o que ia fazer.
"Não sei para onde eu vou daqui. Só sei que para mim não houve sequestro. Eu vim para São Paulo porque quis. O que ele fez foi sem explicação, mas tenho certeza de que ele não me mataria", disse a empregada doméstica.
Rosa trabalhava para uma família em Ipanema, no Rio, e foi demitida no sábado, após levar Vital, que havia tentado suicídio na véspera, para o sítio da patroa, sem autorização.
Segundo Rosa, sua patroa não queria Vital no sítio, pois ele havia tentado se matar lá uma vez, quando era caseiro do local.
"Não teríamos vindo se eu não tivesse sido mandada embora. Iríamos procurar uma casa para alugar", disse Rosa, que afirmou não ter nada preparado em São Paulo. "O Vital só falou que procuraria a Helena para pedir uma ajuda", contou.
Rosa conheceu Vital há três anos, em Campina Grande (PB), onde ele nasceu e vivem seus pais.
"Ele me trouxe para o Rio e foi trabalhar de caseiro. Em fevereiro, ele voltou para São Paulo, onde disse que iria se tratar. A última vez que foi ao Rio foi em março, quando foi buscar seu dinheiro da aposentadoria", contou.



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