|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Ele tem de ir para um hospital'
da Reportagem Local
"Ele não podia ficar preso aí (no
12º DP). Ele tinha de ir direto para
uma clínica, para um hospital, onde pudesse ser tratado."
Às 13h, seis horas depois do término de seu sequestro, Rosa Maria de Lima Barbosa, 26, sabia o
que Vital precisava, mas não sabia
ainda o que ia fazer.
"Não sei para onde eu vou daqui. Só sei que para mim não houve sequestro. Eu vim para São
Paulo porque quis. O que ele fez
foi sem explicação, mas tenho certeza de que ele não me mataria",
disse a empregada doméstica.
Rosa trabalhava para uma família em Ipanema, no Rio, e foi demitida no sábado, após levar Vital,
que havia tentado suicídio na véspera, para o sítio da patroa, sem
autorização.
Segundo Rosa, sua patroa não
queria Vital no sítio, pois ele havia
tentado se matar lá uma vez,
quando era caseiro do local.
"Não teríamos vindo se eu não
tivesse sido mandada embora.
Iríamos procurar uma casa para
alugar", disse Rosa, que afirmou
não ter nada preparado em São
Paulo. "O Vital só falou que procuraria a Helena para pedir uma
ajuda", contou.
Rosa conheceu Vital há três
anos, em Campina Grande (PB),
onde ele nasceu e vivem seus pais.
"Ele me trouxe para o Rio e foi
trabalhar de caseiro. Em fevereiro,
ele voltou para São Paulo, onde
disse que iria se tratar. A última
vez que foi ao Rio foi em março,
quando foi buscar seu dinheiro da
aposentadoria", contou.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|