São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 2000

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JUSTIÇA
Suposto pedófilo está em Israel
TJ decide que ex-cônsul não tem imunidade

DA SUCURSAL DO RIO

Apesar de o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ter negado anteontem o pedido de habeas corpus para Arie Scher, ex-cônsul de Israel no Rio, nada deverá mudar na vida do acusado de pedofilia.
O desembargador Marcos Basílio, da 3ª Câmara Criminal, entendeu que Scher não tem imunidade diplomática, uma vez que a Convenção de Viena, de 1963, somente a concede por atos praticados no exercício da função, e não na vida particular.
A decisão, entretanto, não acarretará a prisão do ex-cônsul, que fugiu para Israel um dia depois de ter sido denunciado, já que aquele país não mantém acordo de extradição com o Brasil.
Scher teve prisão preventiva decretada no dia 4 de julho, logo após a prisão do professor de hebraico Georges Schteinberg. No apartamento do professor, denunciado por uma aluna, a polícia descobriu fotos pornográficas de meninas. Em algumas delas o ex-cônsul e Schteinberg apareciam nus ao lado das adolescentes.

Punição
Em julho, o ex-cônsul foi destituído do cargo que ocupava no Brasil e, um mês depois, foi punido pelo governo israelense, que o proibiu de ocupar cargos públicos por cinco anos.
Segundo a assessoria de imprensa do Consulado de Israel no Rio, eles aguardam a conclusão do inquérito policial no Brasil, que está a cargo da Polícia Federal de Brasília, para decidir que outra punição será aplicada ao ex-diplomata.












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