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JUSTIÇA
Suposto pedófilo está em Israel
TJ decide que ex-cônsul não tem imunidade
DA SUCURSAL DO RIO
Apesar de o Tribunal de Justiça
do Rio de Janeiro ter negado anteontem o pedido de habeas corpus para Arie Scher, ex-cônsul de
Israel no Rio, nada deverá mudar
na vida do acusado de pedofilia.
O desembargador Marcos Basílio, da 3ª Câmara Criminal, entendeu que Scher não tem imunidade diplomática, uma vez que a
Convenção de Viena, de 1963, somente a concede por atos praticados no exercício da função, e não
na vida particular.
A decisão, entretanto, não acarretará a prisão do ex-cônsul, que
fugiu para Israel um dia depois de
ter sido denunciado, já que aquele
país não mantém acordo de extradição com o Brasil.
Scher teve prisão preventiva decretada no dia 4 de julho, logo
após a prisão do professor de hebraico Georges Schteinberg. No
apartamento do professor, denunciado por uma aluna, a polícia
descobriu fotos pornográficas de
meninas. Em algumas delas o ex-cônsul e Schteinberg apareciam
nus ao lado das adolescentes.
Punição
Em julho, o ex-cônsul foi destituído do cargo que ocupava no
Brasil e, um mês depois, foi punido pelo governo israelense, que o
proibiu de ocupar cargos públicos por cinco anos.
Segundo a assessoria de imprensa do Consulado de Israel no
Rio, eles aguardam a conclusão
do inquérito policial no Brasil,
que está a cargo da Polícia Federal
de Brasília, para decidir que outra
punição será aplicada ao ex-diplomata.
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