São Paulo, sábado, 28 de setembro de 2002

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OUTRO LADO

Procedimentos seguiram a lei, afirma empresa

DA REPORTAGEM LOCAL

A CET afirma que as regras adotadas para a compra dos capacetes seguiram a legislação e que não pode adquiri-los diretamente no balcão das lojas, onde os preços são inferiores.
"Eu não posso ir à loja da esquina. Eu não tenho garantia, não sei se ela realmente vai me fornecer", diz Marcia Kracker Brufatto, presidente da Comissão de Licitações da CET.
Marcia afirma que um dos motivos para elevar os preços de quem fornece à CET é que os pagamentos só são feitos depois de 30 dias. Ela diz ainda que é obrigada a exigir documentos no cadastro -CNPJ, guias do FGTS, certidão negativa de débitos- que podem ser um obstáculo para algumas empresas. "Todos esses itens interferem no valor final."
Segundo ela, a CET tem dez fornecedores que fizeram seus cadastros de forma voluntária para vender capacetes para motociclistas, incluindo a Prot. Cap. Artigos para Proteção Industrial Ltda e a Max-Fer Comercial Ltda -que disseram à Folha não trabalhar com o produto. Marcia afirma esperar a adesão de novos interessados.
O gerente de vendas da Taurus, Gianfranco Ugo Milani, diz que só fez seu cadastro após ter informações sobre os preços pagos pela CET. O anúncio da carta-convite não foi publicado no "Diário Oficial", diz Marcia, porque a lei não faz essa exigência nesses casos.
Milani afirma que a Taurus poderia vender um capacete para a CET, já personalizado, por R$ 125. As lojas que vendem a unidade por preços entre R$ 110 e R$ 120 dizem que nunca souberam de licitações da CET -Sampa Moto Peças, Moby Sport Moto Peças e Wing Comércio de Moto Peças, por exemplo. (AI)


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