São Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2004

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TRÂNSITO

No primeiro dia útil, tráfego fluiu sem congestionamentos, mas CET espera aumento do nš de veículos nos próximos dias

Túnel da Cidade Jardim estréia sem filas

DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"

A pista bairro-centro do túnel da avenida Cidade Jardim sob a Brigadeiro Faria Lima não teve congestionamento ontem, primeiro dia útil de operação.
Os automóveis que passaram pela obra escaparam da lentidão até mesmo nas horas de pico, apesar do estrangulamento das faixas para quem segue em direção à Nove de Julho e de um semáforo, mantido logo na saída da passagem subterrânea, para quem segue com destino à av. Europa.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) diz que essa situação do túnel, batizado de Max Feffer, tende a mudar nos próximos dias. "Há uma demanda reprimida que ainda deve voltar", afirma Sebastião Muniz, gerente de engenharia de tráfego da CET na área central, em referência aos motoristas que continuam utilizando rotas alternativas sugeridas durante as obras.
Embora a passagem subterrânea tenha ficado livre dos engarrafamentos, houve lentidão na própria avenida Cidade Jardim.
O problema foi atribuído pela CET às chapas de aço mantidas no asfalto por conta das obras complementares do entorno -como a reforma de calçadas e da fiação aérea-, que não foram entregues no dia da inauguração.
A falta de congestionamentos no túnel não impediu que a capital registrasse lentidão acima do normal às 8h: foram 105 km, contra 60 km de média das segundas-feiras de setembro nesse horário.
A CET atribuiu o índice, considerado alto, aos efeitos de acidentes na marginal Pinheiros e na ponte do Tatuapé.

Eleições
O túnel Max Feffer deveria ser concluído em novembro, mas a prefeitura antecipou as obras e fez a entrega a uma semana das eleições. A pista centro-bairro já havia sido aberta ao tráfego no dia 7.
A construção consumiu R$ 121,8 milhões -47,1% acima da previsão de R$ 82,8 milhões. A gestão Marta Suplicy (PT) diz que a elevação de preços se deve a imprevistos no subterrâneo, e não à antecipação da inauguração.
A entrega adiantada da passagem subterrânea fez com que as obras complementares não ficassem prontas, prejudicando a circulação de quem anda a pé.
Ontem, além da falta de calçadas adequadas, o pedestre tinha só oito segundos para atravessar a av. Europa no semáforo da saída do túnel -contra 2 min para os carros. A CET diz que ainda ajustará os tempos dos semáforos.
"Após um minuto de espera, os pedestres se irritam e tendem a tentar atravessar", afirma Eduardo Junqueira, especialista em segurança de trânsito.
Muitos motoristas, entretanto, comemoravam. "Sofri com as obras, mas valeu a pena", disse o estudante Manoel Cintra, 20.


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