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TRÂNSITO
No primeiro dia útil, tráfego fluiu sem congestionamentos, mas CET espera aumento do nš de veículos nos próximos dias
Túnel da Cidade Jardim estréia sem filas
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
A pista bairro-centro do túnel
da avenida Cidade Jardim sob a
Brigadeiro Faria Lima não teve
congestionamento ontem, primeiro dia útil de operação.
Os automóveis que passaram
pela obra escaparam da lentidão
até mesmo nas horas de pico, apesar do estrangulamento das faixas
para quem segue em direção à
Nove de Julho e de um semáforo,
mantido logo na saída da passagem subterrânea, para quem segue com destino à av. Europa.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) diz que essa situação do túnel, batizado de Max
Feffer, tende a mudar nos próximos dias. "Há uma demanda reprimida que ainda deve voltar",
afirma Sebastião Muniz, gerente
de engenharia de tráfego da CET
na área central, em referência aos
motoristas que continuam utilizando rotas alternativas sugeridas
durante as obras.
Embora a passagem subterrânea tenha ficado livre dos engarrafamentos, houve lentidão na
própria avenida Cidade Jardim.
O problema foi atribuído pela
CET às chapas de aço mantidas
no asfalto por conta das obras
complementares do entorno
-como a reforma de calçadas e
da fiação aérea-, que não foram
entregues no dia da inauguração.
A falta de congestionamentos
no túnel não impediu que a capital registrasse lentidão acima do
normal às 8h: foram 105 km, contra 60 km de média das segundas-feiras de setembro nesse horário.
A CET atribuiu o índice, considerado alto, aos efeitos de acidentes na marginal Pinheiros e na
ponte do Tatuapé.
Eleições
O túnel Max Feffer deveria ser
concluído em novembro, mas a
prefeitura antecipou as obras e fez
a entrega a uma semana das eleições. A pista centro-bairro já havia sido aberta ao tráfego no dia 7.
A construção consumiu R$
121,8 milhões -47,1% acima da
previsão de R$ 82,8 milhões. A
gestão Marta Suplicy (PT) diz que
a elevação de preços se deve a imprevistos no subterrâneo, e não à
antecipação da inauguração.
A entrega adiantada da passagem subterrânea fez com que as
obras complementares não ficassem prontas, prejudicando a circulação de quem anda a pé.
Ontem, além da falta de calçadas adequadas, o pedestre tinha
só oito segundos para atravessar a
av. Europa no semáforo da saída
do túnel -contra 2 min para os
carros. A CET diz que ainda ajustará os tempos dos semáforos.
"Após um minuto de espera, os
pedestres se irritam e tendem a
tentar atravessar", afirma Eduardo Junqueira, especialista em segurança de trânsito.
Muitos motoristas, entretanto,
comemoravam. "Sofri com as
obras, mas valeu a pena", disse o
estudante Manoel Cintra, 20.
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