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PROSTITUIÇÃO
Mulheres dizem que ele estava no barco, no AM
Polícia investiga deputado do DF em programa sexual feito em iate
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Três mulheres reconheceram
ontem por meio de fotografias o
presidente da Câmara Legislativa
do Distrito Federal, deputado Benício Tavares Melo (PMDB), como um dos dez homens que estavam em iate de luxo supostamente fazendo um programa sexual.
Elas prestaram depoimento na
Deapca (Delegacia Especializada
de Assistência e Proteção à Criança e ao Adolescente), que investiga uma nova rota de prostituição
infanto-juvenil para turismo sexual no município de Barcelos
(450 km a oeste de Manaus) um
dos principais destinos de pesca
esportiva na região amazônica.
A nova rota foi exposta com o
naufrágio de uma embarcação no
dia 19, em que morreram cinco
meninas -duas menores. As famílias denunciaram que elas foram aliciadas para um programa
sexual em um iate. A autônoma
Dilcilane de Albuquerque Amorim, 33, conhecida como Dil, foi
apontada como aliciadora de 17
garotas e indiciada por favorecimento à prostituição.
Segundo as investigações, o
programa sexual no iate Amazônia começou no dia 16 e terminaria dia 19. Um grupo de 12 garotas
voltou um dia antes.
Cinco permaneceram no passeio e teriam recebido R$ 1.500,
segundo uma adolescente que
participou do evento.
Investigadores na cidade de
Barcelos conseguiram identificar
três passageiros do iate Amazônia, sendo um deles o deputado
Benício Melo.
Para se locomover, o deputado
utiliza uma cadeira de roda, o que
facilitou o reconhecimento, segundo a delegada Graça Silva, que
dirige a investigação.
Nos depoimentos, aos quais a
Folha teve acesso, uma das garotas, de 18 anos, afirma que o deputado estava no iate: "No momento
que entrei no camarote onde ele
estava perdi a coragem porque ele
era deficiente. Ele era o único homem deficiente no barco, não tem
como dizer que não estava presente".
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