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OUTRO LADO
Construtora não vê erro e afirma que rua já apresentava problemas
DA REPORTAGEM LOCAL
Embora já tenha assumido os
custos para reparar os imóveis e
alojar moradores em hotéis, a
construtora Unihope, responsável pela obra, não admite ter havido erros na escavação.
A empresa diz que já havia problemas nas casas devido à instabilidade do solo e que a situação pode ter sido agravada até por obras
de outros edifícios próximos.
Avaliações técnicas anexadas
em ações judiciais reforçam os indícios históricos de fragilidade
dos terrenos, mas apontam que os
problemas progrediram com a
construção da Unihope.
O engenheiro responsável pela
obra, Marc El Khouri, afirma que
foram feitas sondagens no terreno, além de obras de contenção,
para evitar os problemas.
Khouri diz que há no local um
solo de baixa resistência. "A rua já
tinha problemas, e a construção
acelerou esse processo. Nossa
proposta é arrumar as casas, sem
discutir de quem é a culpa, se havia problema anterior ou não."
Ele diz que a intenção é continuar a construção, mas que faltam recursos porque há muitos
gastos com as reformas e consertos nas casas vizinhas. Hoje, a
obra está quase parada, com poucos operários no local. Ela chegou
a ser embargada judicialmente,
mas foi liberada em seguida.
O advogado Rubens Bombini
Júnior, que representa a Unihope,
diz que "os problemas são antigos" e que as casas "são velhas e
não tinham fundação". "Elas foram feitas de forma errada."
Bombini Júnior diz haver inclusive imóveis irregulares entre os
atingidos. "O cara contrata um
pedreiro e faz um puxadinho em
desacordo com as normas."
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