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Em 5 anos, folha de pagamento cresce 22%
DA SUCURSAL DO RIO
O gasto do governo federal com
as instituições federais de ensino
superior aumentou, de 1995 para
2000, de R$ 5,3 bilhões para R$ 6,5
bilhões, um crescimento de 22%.
Esse aumento, no entanto, foi impulsionado principalmente pelo
custo de pagamento de pessoal,
incluindo ativos, inativos e encargos sociais -que aumentaram de
R$ 4,6 bilhões para R$ 5,8 bilhões.
O orçamento de custeio e capital, usado principalmente para investimento e manutenção das instituições, ficou praticamente estável. Foi de R$ 710 milhões em 1995
para R$ 708 milhões em 2000.
O crescimento do número de
alunos na rede federal de ensino
superior, no entanto, foi de 367
mil em 1995 para 442 mil em 1999,
dado mais recente.
"A folha de pagamento das universidades federais cresce em
progressão geométrica. Qualquer
aumento tem impacto em cascata", disse Maria Helena Castro, secretária de Ensino Superior do
MEC. "O ministério defende a
discussão da autonomia das universidades, para que seja criado
um novo modelo de gestão. A
universidade depende de mais
flexibilidade para enfrentar esse
problema. Se não houver autonomia financeira, manteremos um
sistema que, no futuro, pode representar uma situação de ingovernabilidade", completou.
Segundo ela, as universidades, o
governo e a sociedade precisam
discutir a criação de novas fontes
de financiamento. "Será que a sociedade está disposta a pagar pelo
preço da expansão do ensino superior público no atual modelo?
Essa é uma discussão que precisa
ser feita, levando em consideração também que elas representam
o que há de melhor no nosso sistema e têm dado uma enorme contribuição para a pesquisa e na formação de quadros", disse.
Para Maria Helena, a necessidade de expansão com qualidade e
de aumento de recursos coloca
em xeque o sistema de financiamento atual. "É crucial rever as
fontes de financiamento. Não há
proposta de ensino pago nesse
governo, mas esse será um debate
que precisará ser feito."
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