São Paulo, domingo, 28 de outubro de 2001

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OUTRO LADO

Crimes merecem atenção especial, afirma governadora

DO ESPECIAL ESPECIAL

A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), afirmou, por meio de sua assessoria de comunicação, que pediu atenção especial ao caso dos meninos emasculados. Em nenhum momento, disse a assessoria, houve descaso ou relaxamento por parte da administração do Estado.
A assessoria informou que, como em outros episódios, a Polícia Federal pode colaborar com a equipe da polícia maranhense, acompanhando as apurações.
"A polícia do Maranhão está empenhada no assunto e tem condições de resolver todos os casos, mas isso não significa que a PF não possa acompanhar."
Segundo o governo de Roseana Sarney, a polícia do Maranhão, responsável por prisões até de deputados estaduais -durante as investigações da CPI do Crime Organizado-, não faz diferença entre vítimas ricas ou pobres.
"As famílias dos meninos, que passam por grande sofrimento, podem ficar certas que a governadora Roseana não permitirá, em momento algum, que haja injustiças no seu Estado", disse o assessor de comunicação do governo, Antonio Carlos Lima. Segundo ele, esses crimes são atípicos, podem ocorrer em qualquer lugar.

Relatório
O gerente de Segurança, Raimundo Cutrim, descarta a participação da PF nas investigações. "A polícia do Maranhão é bem equipada, tem bons policiais, tem recursos, e já elucidou 13 ou 14 (do total de 21) desses casos dos meninos", disse, sobre as pessoas acusadas, indiciadas ou presas.
Relatório encaminhado pelo Centro de Inteligência e Segurança Pública da polícia do Maranhão ao gerente Cutrim informa que dez casos foram solucionados, também incluindo os acusados indiciados pelos crimes.
O documento foi feito antes do último assassinato, ocorrido no dia 14 deste mês, em Codó, no interior do Estado. "Rapidamente prendemos o autor do crime neste município, o menor F.C.S.,", diz o gerente de Segurança.
Segundo Cutrim, policial que pertenceu aos quadros da PF, esse tipo de crime não é comum, mas o governo do Maranhão chegará à solução de todos.
Lembra que em Altamira, no interior do Estado do Pará, ocorreram 22 casos, nos anos 80, e a Polícia Federal, encarregada das investigações, também enfrentou dificuldades e não não conseguiu solucioná-los.


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