São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2008

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Volta à rotina é dificultada pela falta de recursos

CRISTINA MORENO DE CASTRO
DA AGÊNCIA FOLHA

Está difícil voltar à rotina nas cidades mais atingidas pelas chuvas em Santa Catarina.
No município de Gaspar, por exemplo, só há um posto de saúde disponível para o atendimento dos 4.000 desabrigados -e a cidade ainda recebe moradores que tiveram que sair de casa na vizinha Ilhota, em situação pior. Todos os outros 11 postos de saúde foram inundados ou estão sem acesso. As 25 escolas estão fechadas.
No centro, ainda há farmácias e mercados em funcionamento precário, segundo o prefeito Adilson Schmitt (PSB).
O problema maior é nos seis bairros rurais que ficaram ilhados. "Em uma das comunidades, com 5.000 moradores, ainda falta água", diz Schmitt.
"As áreas de risco estão crescendo dia após dia".
O mesmo diagnóstico é feito pela Defesa Civil do município de Benedito Novo: "Está só piorando."
Cerca de 12 bairros afastados do centro só são acessadas por helicóptero ou a pé. Falta luz e telefone e não há comércio para suprir a população.
Em Rio dos Cedros, totalmente isolada até ontem, nem helicóptero alcança localidades rurais. Na região central de Itajaí, mesmo quem não teve a casa alagada enfrenta dificuldades. Com menos funcionários, agências bancárias do HSBC, Bradesco, Santander e Unibanco limitam a entrada de clientes, e muitos têm de esperar do lado de fora.
Na principal rua da cidade, as lojas que não estão fechadas abrem apenas com meia porta. Falta água mineral. E onde se encontra comida para vender, moradores reclamam dos preços abusivos.

Isolamento
A Defesa Civil anunciou que não existe mais nenhum município isolado -eram seis anteontem.
Comunidades rurais, porém, continuam com problemas de acesso.
É o caso de 12 bairros de Benedito Novo, que só são alcançados por helicóptero ou a pé. Ali falta luz e telefone. Em Rio dos Cedros, nem helicóptero alcança algumas áreas. Em Blumenau, dez cavalos foram usados pela PM para levar ajuda a pessoas que estão em locais afastados.


Colaborou VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO enviado especial a Itajaí


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