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Prejuízo no turismo já soma R$ 120 milhões
Soma é equivalente a 7% do valor total movimentado em 2007; visitas de turistas feitas ao Estado caíram 50% nesta semana
Agropecuária já teve perdas estimadas em R$ 415,5 mi, só no Vale do Itajaí e litoral catarinense; total se refere a 4% da produção de um ano
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA
O prejuízo econômico causado pelas chuvas em Santa Catarina já começa a ser contabilizado. A natural queda no turismo nas áreas afetadas levou a
Santur (Santa Catarina Turismo), do governo estadual, a estimar perdas de R$ 120 milhões
-o que equivalente a 7% do total movimentado em 2007.
Na agropecuária, as perdas já
chegam a R$ 415,5 milhões, segundo a Faesc (Federação da
Agricultura e Pecuária de SC),
somente no Vale do Itajaí e litoral catarinense. A soma equivale a 4% da produção de um ano.
""É balanço preliminar. Muitas culturas ainda estão embaixo da lama", diz Enori Barbieri,
vice-presidente da Faesc.
Um exemplo é a cultura de
feijão, onde as enchentes causaram danos a 80% dos 70 mil
produtores no Estado. A previsão é que isso provoque queda
de 50% na produção, estimada
em 150 mil toneladas, com prejuízos de R$ 124 milhões a pequenos produtores.
Segundo o presidente da
Santur, Valdir Walendowsky, a
semana teve queda de 50% das
visitas que o Estado recebe nesta época do ano. Em Blumenau,
que há um mês recebia 750 mil
pessoas para a Oktoberfest, os
eventos para o final de ano, que
começariam no último sábado,
foram todos cancelados.
Até mesmo a sede da Secretaria do Turismo do município
estava tomada de lama e água
ainda ontem. A assessora de
imprensa da pasta, Tânia Rodrigues, 46, teve de deixar a sua
casa. "É assustador. Neste momento, não tem rico nem pobre
em Blumenau. Casas de todas
as proporções vieram abaixo."
Na fábrica de licores Schluck,
o gerente, Mário Manzke Filho,
51, disse que não recebeu turistas nesta semana.
Turistas que planejavam viajar para o Estado no final do
ano já mudam de idéia. É o caso
do paulistano Luiz Fabiano de
Araújo, 28, que iria para Florianópolis e pensa, agora, em ir ao
Nordeste. "Tenho medo de não
conseguir voltar." Para Walendowsky, porém, o receio dos turistas em se dirigir até para as
áreas seguras, como Florianópolis, deve ser passageiro.
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