São Paulo, sábado, 28 de dezembro de 2002

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Instituto da Mulher será concluído

DA REPORTAGEM LOCAL

Na mesma quadra na qual a Faculdade de Medicina se renova e ganha nova aparência, um esqueleto de 23 pavimentos abandonados vem chamando a atenção há 11 anos. Trata-se do prédio iniciado em 1989 e planejado para ser o Instituto da Mulher.
Depois de muitas promessas e ensaios, o governo do Estado confirmou ontem que em janeiro abrirá licitação para contratar o escritório que deve elaborar o projeto executivo do prédio.
A previsão é que em dois anos e meio a obra esteja concluída.
O projeto executivo vai contemplar a distribuição dos andares negociada ao longo de meses e finalizada em fevereiro do ano passado pelo conselho deliberativo do Hospital das Clínicas, com a participação da Secretaria de Estado da Saúde.
O que seria um hospital vertical destinado exclusivamente à mulher, será agora um centro dedicado à alta complexidade, com prioridade para câncer e transplantes.
A divisão foi feita com o objetivo de desafogar várias áreas do Hospital das Clínicas, especialmente as mais complexas. Assim, além de andares para berçário de risco, obstetrícia e ginecologia geral, o novo hospital terá dois pavimentos de UTIs, dois para transplantes e transplantados e pelo menos três outros para diferentes tipos de câncer.
As obras do esqueleto consumiram R$ 92,2 milhões de um total previsto de R$ 120 milhões. No momento, o governo prefere não falar em valores, mas há uma estimativa de que serão necessários mais R$ 130 milhões para concluir e equipar todo o hospital.
No total, serão 500 leitos em 84.000 m2. Além dos 23 pavimentos, o prédio tem quatro subsolos e um anexo com nove andares.
"Há uma promessa de que o prédio seja entregue até o final do governo de Geraldo Alckmin", diz Giovanni Guido Cerri, diretor da Faculdade de Medicina. São mais quatro anos, o que significa um intervalo de 17 anos entre seu início e seu término.
A partilha e a retomada das obras encerram uma disputa que se iniciou ainda em 1987, quando o então secretário de Estado da Saúde José Aristodemo Pinotti passou a defender um hospital dedicado exclusivamente à saúde da mulher. Sozinho da na sua tese, Pinotti acabou voto vencido e concordou com a atual distribuição, depois que parte do hospital foi reservada às mulheres.


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