São Paulo, sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

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Dentro do prédio, fuligem, calor e cheiro de fumaça

DA REPORTAGEM LOCAL
REPÓRTER FOTOGRÁFICO

O cheiro de fumaça ainda é muito forte. No nono e último andar, onde fica o centro cirúrgico do maior hospital da América Latina, a fuligem que cobre o chão atinge quase dois centímetros. Equipamentos, todos sujos, estão amontoados no chão.
No primeiro andar, na Fundação Pró-Sangue, funcionários arrastaram computadores e equipamentos para os corredores -com o calor, é quase impossível ficar nas salas.
A reportagem da Folha percorreu ontem, por quase seis horas, parte do Prédio dos Ambulatórios, cujo funcionamento foi suspenso após um incêndio no subsolo do prédio.
No vaivém de técnicos e, principalmente, de funcionários de limpeza, pacientes tentavam reagendar consultas e até buscar medicamentos.
Parte dos elevadores continua parados e as escadas, às escuras.
"Ninguém consegue trabalhar com esse cheiro de plástico queimado", reclamou um funcionário da manutenção, no 5º andar. Alguns chegaram a comparar o cheiro com o de "um defunto queimado". Outros reclamaram de dor de cabeça.
Já no foco do incêndio, no subsolo do prédio, próximo ao restaurante, a água cobre os pés. Apenas os funcionários de manutenção, com lanterna, percorriam o local.
(FILIPE MARCEL E ROGÉRIO CASSIMIRO)


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