São Paulo, sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

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Mãe armada invade escola que reprovou filha

Dona-de-casa de 39 anos ameaçou matar diretora e professores de colégio estadual em Palmeira das Missões (RS)

Ela argumentou que jovem fora aprovada em faculdade e não poderia iniciar o curso; houve tumulto, mas nenhum disparo foi feito

MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA

Revoltada com a reprovação da filha, uma dona-de-casa de 39 anos foi detida ontem em Palmeira das Missões (374 km de Porto Alegre) após entrar armada no Colégio Estadual Três Mártires, ameaçar diretora e professores e provocar pânico na escola durante a entrega dos boletins de fim de ano.
Segundo a Polícia Militar, no local da entrega dos boletins, ocorria também a formatura dos alunos. A estudante foi reprovada em três matérias no terceiro ano do ensino médio. Ao saber disso, a mãe dela, Elaine Martins Schwantz, foi à escola com uma pistola calibre 38, carregada com seis balas.
Havia pelo menos cem pessoas na escola. De acordo com o capitão Vicente Antonio Scartascini Júnior, do 39º Batalhão da Polícia Militar, houve choro e correria quando Schwantz entrou e, com a arma em punho, ameaçou matar os professores que haviam reprovado a filha. Nenhum disparo foi feito.
Schwantz argumentava que a filha fora aprovada em uma faculdade de psicologia e, por causa das notas, não poderia dar início ao curso.
Ao ouvir as ameaças, pais, alunos e professores se trancaram em salas e banheiros da escola, de onde só saíram após a mulher ser imobilizada.
"Um sargento conseguiu tomar dela o revólver. Ela estava transtornada, com o corpo todo duro. Parecia surtada", afirmou. O capitão disse ter conversado com familiares, que contaram que Schwantz sofria de depressão e que as notas da filha foram "a gota d'água".

Porte ilegal
Schwantz foi detida por porte ilegal de arma -a pistola estava registrada no nome do marido- e depois encaminhada a um hospital da cidade, onde foi sedada.
Do quarto do hospital, uma cunhada de Schwantz, identificada como Carine, disse que não poderia falar sobre o que motivou as ameaças. "A história é longa", disse.
Após o episódio, a escola solicitou à polícia que enviasse uma guarnição para o local onde aconteceria a festa de formatura, marcada para as 20h.


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