Pedro Carrilho/Folha Imagem

Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no Rio, cuja reforma deve acabar no próximo dia 8

LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, inaugurada em 1761, no Rio de Janeiro, acaba de passar por uma reforma de 18 meses e será reinaugurada no próximo dia 8 -com as possíveis presenças dos presidentes de Brasil e Portugal- em comemoração aos 200 anos da chegada da Família Real Portuguesa ao país.
Durante a estada de d. João no Rio (1808-1821), a igreja foi a Capela Real da cidade. Em sua nave, obra rococó do mestre Inácio Ferreira Pinto, o príncipe regente foi aclamado em 1818 rei de Portugal, Brasil e Algarves; seu filho d. Pedro 1º se casou com d. Leopoldina e foi coroado imperador do Brasil; seu neto d. Pedro 2º também foi coroado; e sua bisneta Isabel se casou com o conde d'Eu.
Com investimento de R$ 11,2 milhões da Prefeitura do Rio e realização da Fundação Roberto Marinho, a recuperação da igreja salta aos olhos: em vez do "cinza esverdeado" que o padre Roque Costa Souza, à frente da igreja, e os outros cariocas se acostumaram a ver, fruto de décadas de sujeira acumulada, despontam o branco e o dourado, como no tempo do rei.
"Do ponto de vista histórico, é, sem dúvida, a [igreja] mais importante [do Rio]", diz o secretário extraordinário de Patrimônio Cultural do Rio, André Zambelli.
Com tanta história, foi montada uma exposição didática com a urna que guarda os resíduos mortais de Pedro Álvares Cabral. Um espetáculo de som e luz contará histórias do período joanino do Rio. A entrada para o espetáculo custará R$ 8, com renda revertida para a paróquia. Mas fonte maior serão os casamentos. Até setembro de 2009 a agenda está cheia, diz o padre Roque.


Texto Anterior: Freiras só podem sair em casos especiais
Próximo Texto: Anac pode interditar helipontos na avenida Paulista
Índice