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PRESÍDIOS
Parlamentares defendem combate à corrupção
Deputados dizem que apenas maior rigidez na lei não resolve o problema
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O líder do PT na Câmara, deputado Nelson Pellegrino (BA), afirmou ontem que as mudanças na
Lei de Execuções Penais aprovadas na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) são apenas "uma
medida".
Para ele, os governos estaduais e
o federal devem, agora, eliminar a
corrupção nos presídios para que
diretores e agentes penitenciários
não utilizem as novas sanções para chantagear presos.
A CCJ aprovou anteontem projeto de alterações para impor punições mais rigorosas aos presos.
A duração do regime de isolamento foi ampliada de 30 para
365 dias. Aprovou também o uso
de detectores de metal em todos
que entrarem no presídio e audiências com o juiz dentro da unidade prisional. Agora, o texto vai
à votação.
A deputada Denise Frossard
(PSDB-RJ), integrante da CCJ,
tem a mesma visão de Nelson Pellegrino. "[A mudança na lei] é
um poderoso instrumento, sim,
mas, se não for feito o trabalho de
combate à corrupção, de nada
adiantará."
"Advogados, juízes e promotores devem passar pelo detector,
não vejo constrangimento algum
no procedimento," afirmou o
presidente da OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil), Rubens
Approbato Machado.
A Associação dos Advogados
Criminalistas do Estado de São
Paulo também concorda com o
projeto. "Desde que os juízes e
promotores passem pelo detector, os advogados também devem
passar. É uma medida preventiva
que não compromete o exercício
da profissão."
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