DO "AGORA"
DA FOLHA ONLINE

Em uma mesa, num canto afastado do salão onde acontecem as visitas dos presos na Penitenciária de Tremembé (147 km de SP), Alexandre Nardoni encontrou ontem com os pais pela primeira vez, após ter sido condenado pela morte da filha.
A informação é de duas parentes de outros presos, que estiveram lá, mas pediram que não fossem identificadas. "Eles ficaram distantes. Todo mundo olhava para eles. Queríamos saber como é que ele estava depois [de ser sentenciado a 31 anos de prisão]", disse uma delas, que visitava o marido.
As duas mulheres descreveram a mãe de Alexandre, Maria Aparecida Alves Nardoni, como a mais abalada e emocionada com o reencontro.
"Ele [Alexandre] estava tranquilo, como se já soubesse o que ia acontecer", conta a irmã de um detento.
O pai, Antônio Nardoni, foi o único a falar com a imprensa, no trajeto entre o estacionamento e a porta da penitenciária. "A pena já estava dosada há dois anos [desde que morreu a menina Isabella]", disse.
"Nesse país é difícil acreditar em alguma coisa. Mas continuaremos a acreditar", afirmou, quando questionado sobre a possibilidade de redução de pena ou da anulação do júri.
Ana Carolina Jatobá também recebeu visita ontem. Seu pai chegou por volta das 13h de ontem à penitenciária feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé.
Alexandre Jatobá estava acompanhado de uma mulher. Ambos entraram apressados, sem falar com a imprensa, carregando duas sacolas.


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