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LIXO
Proposta em estudo na Secretaria de Serviços e Obras passa às subprefeituras responsabilidade por serviços; concessão é cogitada
Prefeitura quer descentralizar varrição
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria de Serviços e Obras
(SSO) deve descentralizar os contratos do lixo a partir da implementação das subprefeituras.
Um grupo criado pelo secretário Jorge Hereda para discutir a
gestão dos resíduos sólidos no
município estuda a possibilidade
de deixar a cargo das subprefeituras a contratação de empresas para varrição e serviços complementares -como coleta de entulho. A coleta e a destinação final
do lixo permaneceriam sob os
cuidados da SSO.
Hereda frisou que o estudo ainda não foi concluído -o que deve
acontecer no final de agosto, depois de uma série de seminários-, mas o trabalho desenvolvido pelo grupo já leva em conta a
criação das subprefeituras.
"Não faz sentido os serviços
complementares e de varrição
não serem realizados pelas subprefeituras", disse o secretário.
O contrato celebrado no início
do mês entre a prefeitura e as empreiteiras é de R$ 340 milhões por
um ano. De acordo com a assessoria de imprensa da SSO, 30%
desse valor diz respeito à varrição,
30% aos serviços complementares e 40% à coleta de lixo.
A centralização do serviço e da
fiscalização foi decidida pelo ex-prefeito Celso Pitta no último ano
de seu mandato depois de denúncias de corrupção nas administrações regionais.
Para Hereda, que não concorda
com a comparação entre sua proposta e o que era realizado por
Pitta, a coleta e a destinação final
dos resíduos, porém, "não podem
ser compartimentadas" porque
envolvem um trabalho de maior
dimensão. A prefeitura também
está discutindo qual será o novo
modelo de gestão dos resíduos.
As subprefeituras deverão ter
orçamento próprio, o que facilitará a contratação de empresas.
Além disso, passarão a ter procuradores -profissional que hoje
não está disponível em todas as
administrações regionais.
Há cerca de 15 dias, a SSO concluiu a licitação para varrição, coleta e serviços complementares de
lixo. Oito empresas ganharam
contratos, que têm duração de
um ano, podendo ser renovados
pela prefeitura por mais um.
A intenção do secretário é estabelecer até o final do ano o novo
modelo de gestão e, a partir daí,
começar um novo processo licitatório. Embora ainda não haja
uma definição sobre o assunto,
uma das alternativas em discussão é a concessão dos serviços.
Por esse modelo, as empresas
teriam de investir principalmente
na destinação final do lixo. Hereda disse que o aterro Bandeirantes tem uma vida útil de mais quatro anos e o São João, cerca de 20
anos. Se a prefeitura decidir pela
concessão, os empresários que
ganharem a licitação terão de investir em novos aterros ou incineradores na cidade.
Para evitar a monopolização do
serviço na capital, que seria realizado apenas por grandes empresas por causa dos valores a serem
investidos, uma das alternativas é
repassar para as subprefeituras
tarefas consideradas menores do
ponto de vista econômico, como a
varrição e os serviços complementares. Cada subprefeitura poderia realizar uma licitação diferente, o que, de acordo com Hereda, contribuiria para abrir o mercado do lixo.
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