São Paulo, segunda-feira, 29 de abril de 2002

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TRANSPORTES

Trabalhadores reivindicam vales e reajuste

Motoristas de ônibus podem parar amanhã

DA REPORTAGEM LOCAL

O sindicato dos motoristas e cobradores de São Paulo ameaça iniciar uma greve a partir de amanhã, caso as empresas de transporte público mantenham a suspensão do pagamento dos tíquetes de alimentação.
Hoje será realizada uma reunião entre o Transurb (sindicato das empresas de ônibus) e os funcionários. Além do pagamento do vale-alimentação, será discutida na reunião a possibilidade de aumento dos mesmos -de R$ 6,80 para R$ 8- e a reposição de 9,26% nos salários, percentual referente a perdas inflacionárias.
O sindicato da categoria, que representa mais de 50 mil trabalhadores, pede ainda um aumento de 5% a título de produtividade, convênio médico gratuito e cesta básica que contenha produtos de limpeza.
O Transurb afirma que o setor passa por uma grave crise financeira por causa da diminuição do número de passageiros e que não pode aumentar seus custos, pois isso colocaria em risco a própria existência das empresas.
Segundo o sindicato das empresas, as operadoras de linhas seriam obrigadas a diminuir o número de funcionários, caso tivessem que incorporar novos gastos operacionais.
Se a reunião não evoluir para um acordo, a paralisação começará amanhã às 3h, horário de saída dos primeiros ônibus, e prosseguirá até que o pagamento dos vales seja retomado.
"A empresa que não der o vale não irá rodar. Vamos fazer assembléias amanhã [hoje" com os funcionários para explicar a situação", disse Geraldo Diniz, secretário jurídico do sindicato dos motoristas e cobradores.
A participação da prefeitura nas negociações deverá ser cobrada tanto pelas empresas quanto pelos trabalhadores.






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