São Paulo, segunda-feira, 29 de abril de 2002

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Represa recebia sujeira do Tietê

DA REPORTAGEM LOCAL

Durante mais de 50 anos, a represa Billings recebeu água e toda a poluição doméstica e industrial vinda dos rios Pinheiros e Tietê. O bombeamento só parou em 1992, por ordem da Constituição do Estado, o que contribuiu para uma certa recuperação da qualidade da água do reservatório, hoje ameaçada pela ocupação urbana.
Construída em 1927 para geração de energia na usina Henry Borden, que abastece Cubatão, na Baixada Santista, a represa passou a ser alvo do bombeamento do Pinheiros em 1940. A intenção era aumentar a produção energética.
O uso do reservatório para o abastecimento público só começou 18 anos depois, em consequência de uma crise de falta de água em São Paulo. Já em 1982, devido ao agravamento da contaminação da represa, foi construída uma barragem para separar o braço do rio Grande, ao qual ficou restrito o uso para fornecimento de água para consumo. A represa abastece cidades do ABC como Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema.
A mais nova polêmica envolvendo a Billings é a intenção do governo de retomar o bombeamento do Pinheiros (hoje só permitido para contenção de enchentes), a partir do tratamento das águas do rio por meio da flotação, a fim de aumentar a produção de energia em Henry Borden.
O projeto é criticado por ambientalistas e especialistas que duvidam da sua real capacidade de limpar o Pinheiros e temem que o rio vá despejar sua poluição mais uma vez na Billings. (MV)






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