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Represa recebia sujeira do Tietê
DA REPORTAGEM LOCAL
Durante mais de 50 anos, a represa Billings recebeu água e toda
a poluição doméstica e industrial
vinda dos rios Pinheiros e Tietê. O
bombeamento só parou em 1992,
por ordem da Constituição do Estado, o que contribuiu para uma
certa recuperação da qualidade
da água do reservatório, hoje
ameaçada pela ocupação urbana.
Construída em 1927 para geração de energia na usina Henry
Borden, que abastece Cubatão, na
Baixada Santista, a represa passou
a ser alvo do bombeamento do Pinheiros em 1940. A intenção era
aumentar a produção energética.
O uso do reservatório para o
abastecimento público só começou 18 anos depois, em consequência de uma crise de falta de
água em São Paulo. Já em 1982,
devido ao agravamento da contaminação da represa, foi construída uma barragem para separar o
braço do rio Grande, ao qual ficou
restrito o uso para fornecimento
de água para consumo. A represa
abastece cidades do ABC como
Santo André, São Bernardo do
Campo e Diadema.
A mais nova polêmica envolvendo a Billings é a intenção do
governo de retomar o bombeamento do Pinheiros (hoje só permitido para contenção de enchentes), a partir do tratamento
das águas do rio por meio da flotação, a fim de aumentar a produção de energia em Henry Borden.
O projeto é criticado por ambientalistas e especialistas que duvidam da sua real capacidade de
limpar o Pinheiros e temem que o
rio vá despejar sua poluição mais
uma vez na Billings.
(MV)
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