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URBANISMO
Prefeitura e Estado já iniciaram estudos da obra, estimada em até R$ 1 bilhão; cobrança será na pista expressa
Marginal pode ter mais 8 faixas e pedágio
FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL
O projeto de reforma da marginal Tietê prevê a construção de oito novas faixas de tráfego, quatro
de cada lado do rio. Parceria entre
a Prefeitura de São Paulo e o Estado, a obra está orçada entre R$
800 milhões e R$ 1 bilhão. A idéia
é lançar o edital em 2007, quando
os estudos devem ser finalizados.
Para viabilizar o projeto, a construção das novas pistas deve ser
repassada à iniciativa privada na
forma de concessão. As empresas
seriam compensadas com a cobrança de pedágio urbano -o
primeiro do país. Só pagariam os
motoristas que utilizassem as novas faixas expressas.
Há duas alternativas em estudo
para a concessão: fazer uma nova
licitação ou aditar os contratos
com as atuais concessionárias de
rodovias que chegam à marginal,
responsáveis hoje pela Dutra,
Anhangüera/Bandeirantes e Castello Branco. A segunda opção é
questionada por técnicos do Estado, que temem uma enxurrada de
contestações judiciais de empresas interessados no negócio, caso
o aditamento seja feito.
Na prática, os 24,5 km da marginal, por onde circulam 750 mil
veículos por dia, passariam a ter
11 faixas em cada sentido -quatro locais, três semi-expressas e
quatro expressas. Hoje, há sete
faixas na maior parte da via.
Para ampliar o número de faixas na marginal, será necessário
utilizar parte do canteiro central
-que perderia árvores recém-plantadas na reforma da calha do
rio, projeto antienchente que consumiu R$ 1 bilhão dos cofres públicos- e também desapropriar
imóveis junto à pista local.
Há trechos da marginal Tietê
em que a implantação das novas
faixas seria facilitada, pois o canteiro central com gramado é largo
o suficiente para acomodar a
construção.
Mas há pontos de estrangulamento, principalmente junto a
pontes que atravessam o rio, em
que a obra seria mais trabalhosa e
mais cara -pois dependeria de
mais desapropriações. É o caso de
trechos próximos ao rio Tamanduateí e à ponte do Limão.
Os estudos estão sendo feitos
desde 2005 por técnicos das duas
administrações. Segundo o secretário municipal de Infra-Estrutura Urbana e Obras, Antônio Arnaldo Queiróz, no mês que vem a
prefeitura vai contratar uma empresa para fazer o estudo de viabilidade ambiental do projeto.
"É uma obra vital para a cidade.
Se não fizermos algo, São Paulo
vai parar daqui a dez anos", diz
Queiróz, que forneceu à Folha os
detalhes do projeto.
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