São Paulo, sábado, 29 de abril de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Calculada por trecho rodado, tarifa deve variar de R$ 0,50 a R$ 3,50

DA REPORTAGEM LOCAL

Os estudos para a implantação do pedágio urbano na marginal Tietê indicam que o valor da tarifa irá depender do quilômetro rodado. Isto é, um veículo que rodar por toda a extensão (24,5 km) da via pagará a tarifa cheia. O motorista que utilizar apenas parte da marginal pagará menos.
Segundo a Folha apurou, o projeto da reforma da marginal indica que o preço do pedágio variaria de R$ 0,50 a R$ 3,50, se fosse implantado hoje.
A informação não foi confirmada pela prefeitura nem pelo governo estadual, administrações que ainda discutem qual é a melhor alternativa para viabilizar a realização dessa obra.
Há quem defenda outras formas de financiamento, como empréstimos de bancos internacionais. O ex-prefeito José Serra (PSDB), em visita à sede do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em Washington, em fevereiro deste ano, perguntou a diretores da instituição se havia interesse em investir no projeto. Ouviu resposta positiva.
Mas o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), confirmou à Folha, na última segunda-feira, que a cobrança de pedágio urbano é a alternativa mais viável para implantar o projeto.
"Assim poderemos ampliar a marginal e restaurar essa imensa avenida, que tem uma importância estratégica para o Brasil [por escoar grande parte da carga exportada]. Será possível, por exemplo, reformar os trevos das rodovias que chegam à marginal", afirmou o governador.
O modelo de cobrança que deve ser escolhido é o eletrônico, no qual os veículos teriam dispositivos (microchips ou adesivos) que informariam sua posição na marginal. Dessa maneira, os motoristas não precisariam parar para fazer o pagamento -o que ocasionaria mais congestionamentos nessa via de tráfego já saturado.
É um sistema semelhante ao adotado hoje na Via Dutra, estrada que está sob regime de concessão. Nessa rodovia, ele é chamado Sem Parar.

Ponte de safena
Para o secretário de Infra-Estrutura e Obras da prefeitura, Antônio Arnaldo de Queiróz, a marginal Tietê reformada, com mais faixas de tráfego, servirá como uma "ponte de safena" para a cidade até que o trecho norte do Rodoanel (questionado devido aos impactos ambientais que poderá causar na Serra da Cantareira) seja iniciado e concluído -o que, segundo ele, pode demorar mais de uma década. (FS)


Texto Anterior: Marginal pode ter mais 8 faixas e pedágio
Próximo Texto: Urbanismo: Projeto da nova marginal já é alvo de críticas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.