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Café da manhã selou acordo
da Reportagem Local
O "entendimento" que o
prefeito Celso Pitta vinha
buscando desde o início da
rebelião dos vereadores governistas, em fevereiro, foi
selado ontem, num café da
manhã com os rebeldes, em
sua casa.
Apesar de afirmarem, até
a noite de anteontem, que
não falariam com o prefeito
-que havia convocado
uma reunião para ontem,
às 11h-, foram os rebeldes
que pediram o encontro.
Ainda que tentassem desmentir a reunião, foi o próprio prefeito quem confirmou o "avanço" das conversas com os dissidentes.
Segundo Pitta, "pesou o
interesse de todos pela cidade, sobreposto a interesses menores, para garantir
o retorno dos vereadores à
bancada governista."
Pitta diz que fez com que
os dissidentes compreendessem que os únicos ganhadores com a cisão na
bancada governista foram
os vereadores da oposição.
O prefeito garante ainda
que não foram colocados
cargos à disposição dos rebeldes. "Esse fisiologismo
não faz parte do nosso relacionamento com a Câmara", diz Pitta.
O governista Vicente Viscome (PPB), porém, voltou
a criticar ontem a concentração de cargos municipais nas mãos de seis vereadores (Nelo Rodolfo, Hanna Garib, Bruno Féder, Zé
Índio, Brasil Vita e Miguel
Colasuonno).
Segundo Viscome, esse
grupo seria o mais beneficiado no "loteamento" de
cargos, prática que Pitta
chama de "distribuição do
espaço político".
O vereador acusou ainda
que esses cargos seriam
usados como "trampolim
eleitoral". Pitta disse que
as críticas são improcedentes, porque "prevalece o
interesse público".
Os únicos rebeldes que
admitiram que houve um
entendimento com Pitta foram Paulo Frange (PPB) e
Luiz Paschoal (PTB). Os demais afirmam que vão "até
o fim" e querem a CPI.
"Estabelecemos um canal direto com Pitta, sem
intermediários, que nos fez
ver que ele está interessado
em resolver os problemas
da cidade", diz Frange.
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