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"Seria melhor que tirassem o asfalto"
DA REPORTAGEM LOCAL
A rodovia Floriano de Camargo Barros, que liga a
Castello Branco à Marechal
Rondon, é um exemplo do
péssimo estado de conservação de algumas das rodovias
paulistas. "Seria melhor que
tirassem o asfalto", disse o
caminhoneiro Antonio
Evangelista Souza, 38.
Com 25 quilômetros, a estrada tem placas nas duas
extremidades: "Defeitos na
pista nos próximos 25 quilômetros". Não há nenhuma
outra indicação da existência de buracos de todos os
tamanhos, com até 50 centímetros de profundidade.
Como a velocidade máxima permitida é de 80 quilômetros por hora, os motoristas desavisados geralmente
descobrem que os "defeitos"
são muito maiores do que
imaginavam quando já estão
dentro de um dos muitos
buracos, que começam
abruptamente após trechos
de asfalto razoável.
Principal via de acesso a
Pereiras e Cesário Lange, ela
também é usada por quem
vai da capital para Anhembi,
Conchas e Laranjal Paulista.
A rodovia foi asfaltada, em
trechos, no início da década
de 1970. Desde então, recebe
manutenção do DER.
Após a concessão da Castello à iniciativa privada,
contudo, aumentou consideravelmente o tráfego da
rodovia Floriano de Camargo Barros, que passou a receber muitos caminhões.
No trecho da Marechal
Rondon entre Tietê e Botucatu, o número médio diário
de veículos subiu de 2.500
para cerca de 6.000. Os caminhões que antes eram 30%
do tráfego hoje representam
70%, de acordo com o DER.
Com isso, o pavimento estragou-se e, sem manutenção adequada, desapareceu
em alguns trechos.
O caminhoneiro Antonio
Evangelista Souza é um dos
que passaram a utilizar a estrada depois do arrendamento da Castello Branco,
para evitar os pedágios de
Tatuí até Botucatu.
"A viagem fica mais demorada, mas a economia que
faço com os pedágios compensa", diz Souza, que admite cobrar os pedágios de
clientes. "Tenho de pagar a
prestação do caminhão."
O DER informou que já iniciou as obras de recuperação da rodovia.
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