São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 2002

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"Seria melhor que tirassem o asfalto"

DA REPORTAGEM LOCAL

A rodovia Floriano de Camargo Barros, que liga a Castello Branco à Marechal Rondon, é um exemplo do péssimo estado de conservação de algumas das rodovias paulistas. "Seria melhor que tirassem o asfalto", disse o caminhoneiro Antonio Evangelista Souza, 38.
Com 25 quilômetros, a estrada tem placas nas duas extremidades: "Defeitos na pista nos próximos 25 quilômetros". Não há nenhuma outra indicação da existência de buracos de todos os tamanhos, com até 50 centímetros de profundidade.
Como a velocidade máxima permitida é de 80 quilômetros por hora, os motoristas desavisados geralmente descobrem que os "defeitos" são muito maiores do que imaginavam quando já estão dentro de um dos muitos buracos, que começam abruptamente após trechos de asfalto razoável.
Principal via de acesso a Pereiras e Cesário Lange, ela também é usada por quem vai da capital para Anhembi, Conchas e Laranjal Paulista.
A rodovia foi asfaltada, em trechos, no início da década de 1970. Desde então, recebe manutenção do DER.
Após a concessão da Castello à iniciativa privada, contudo, aumentou consideravelmente o tráfego da rodovia Floriano de Camargo Barros, que passou a receber muitos caminhões.
No trecho da Marechal Rondon entre Tietê e Botucatu, o número médio diário de veículos subiu de 2.500 para cerca de 6.000. Os caminhões que antes eram 30% do tráfego hoje representam 70%, de acordo com o DER.
Com isso, o pavimento estragou-se e, sem manutenção adequada, desapareceu em alguns trechos.
O caminhoneiro Antonio Evangelista Souza é um dos que passaram a utilizar a estrada depois do arrendamento da Castello Branco, para evitar os pedágios de Tatuí até Botucatu.
"A viagem fica mais demorada, mas a economia que faço com os pedágios compensa", diz Souza, que admite cobrar os pedágios de clientes. "Tenho de pagar a prestação do caminhão."
O DER informou que já iniciou as obras de recuperação da rodovia.



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