São Paulo, segunda-feira, 29 de maio de 2006

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[!] Foco

"Viva a Mata" reúne 40 mil no parque Ibirapuera

Evento promovido pela SOS Mata Atlântica comemorou o dia do bioma

Fundação quer agora "exportar" a festa para outras capitais onde o bioma está presente, como Rio e Salvador

RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a pretensão de ser levado a outros Estados em 2007, terminou ontem em São Paulo o Viva a Mata, promovido entre sexta-feira e ontem num ensolarado parque Ibirapuera (zona sul da cidade) pela Fundação SOS Mata Atlântica em homenagem ao Dia da Mata Atlântica. Segundo a GCM (Guarda Civil Metropolitana), 40 mil pessoas visitaram o evento -a organização estima 60 mil.
"Estamos discutindo para levar o evento a outras capitais onde há mata atlântica, como o Rio e Salvador", afirmou Márcia Hirota, diretora da fundação. Ela aposta em parcerias com municípios para "pulverizar" o evento. O Dia da Mata é comemorado em 27 de maio.
Para ela, a programação permitiu aos visitantes saber mais sobre o bioma mais ameaçado do país, com apenas 7% da extensão original. "Tenho certeza de que as pessoas vão olhar a reserva de mata atlântica com outros olhos agora."

Sombrinha
Nos três dias de evento, voluntários da fundação distribuíram cerca de 6.000 mudas de árvores da mata atlântica, entre elas exemplares de ipê, pau-brasil e aroeira.
Antônio Sérgio, 58, e Onilde Brito, 53, sacola com as mudinhas nas mãos, discutiam onde plantar. "Elas vão para o sítio do meu genro, em Guararema, e para a casa da praia", diz ela, artesã. "As maiores vão para a praia. Temos um quintal grande, dá para fazer uma sombrinha", diz ele, servidor público.
Os visitantes também tiveram aulas de ioga, pilates, assistiram a peças de teatro e participaram de oficinas. As crianças se entretinham com flores feitas de garrafas PET. "É a transformação do lixo em arte", afirmou a voluntária Karina Albanez, 23, que ensinou 120 crianças a fazer as flores.
Perto dali, o pintor Eduardo Marques de Jesus, o Edu das Águas, 58, mostrava ao público alguns quadros da sua inspiração favorita: o rio Tietê. "Vi que era possível ver beleza no rio."


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