Almeida Rocha/Folha Imagem

Escombros da academia Power Plus, que desabou em Guarulhos

MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local

Parte do telhado e da marquise de uma academia de ginástica desabaram, às 9h de ontem, no centro de Guarulhos, ferindo levemente um homem que estava no bar no andar inferior ao da academia Power Plus. Ele foi atingido no rosto por parte dos destroços.
Segundo o arquiteto José Carmelo Freitas Reis, chefe da divisão técnica de ocupação de imóveis particulares da Secretaria de Obras da Prefeitura de Guarulhos, a causa do desabamento foi uma reforma malfeita, embargada pelo órgão em setembro do ano passado. Ele diz que a obra foi realizada por pedreiros contratados pelo dono da academia, Eduardo Staffi, sem a supervisão de um engenheiro ou arquiteto.
Na reforma foram retiradas paredes do segundo andar de um prédio para a criação de um vão livre para uma nova sala de ginástica da academia. A ausência das paredes sobrecarregou a estrutura, provocando o desabamento.
Não houve mais feridos no desabamento graças ao jornaleiro João David Ferraz da Silva, 54, que, ao ouvir o barulho da queda do revestimento do prédio sobre a banca, gritou para que as pessoas saíssem do prédio.
"Saí da banca e comecei a gritar da rua mesmo para que todos saíssem da academia e do bar. Tinha uma aluna da academia na janela, que avisou os outros ao me ouvir", disse. Nos dois locais estavam 16 pessoas. A banca de Silva sofreu danos leves e foi removida pelo Corpo de Bombeiros.
Segundo o administrador Marlon Cavalcanti, amigo de Staffi, a prefeitura embargou somente a construção de uma piscina, nos fundos do prédio, e não a reforma, que teria tido a supervisão de um técnico. A prefeitura e o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) negam.



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