UOL


São Paulo, domingo, 29 de junho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Expedição vai mapear história

DA REPORTAGEM LOCAL

Em agosto, uma expedição composta por geógrafos, fotógrafos, historiadores, artistas etc partirá dos quatro pontos cardeais de São Paulo para mapear a história contemporânea da cidade. Objetos que despertarem o interesse dos expedicionários vão integrar uma das primeiras exposições do Museu da Cidade, que será aberto no Palácio das Cidades, hoje sede da prefeitura, em janeiro de 2004.
"A idéia não é trabalhar com um acervo tradicional", avisa logo o secretário municipal da Cultura, Celso Frateschi, 51. O museu será voltado para a história do cotidiano, em uma concepção que privilegia os movimentos do dia-a-dia em vez das grandes rupturas ou dos grandes personagens, segundo o secretário.
O foco principal do museu será o século 20. A história da cidade desde sua fundação em 1554 será contada por meio de uma exposição permanente.
Frateschi afirma que a prefeitura decidiu criar o museu porque há uma carência de espaços para discutir a história contemporânea da cidade. "O único museu histórico que temos, o do Ipiranga, se restringe a uma fase de nossa história, a Independência."
O museu pretende explorar o acervo de uma série de instituições municipais, como o Centro Cultural São Paulo, o Departamento de Patrimônio Histórico, a Biblioteca Mário de Andrade e o Arquivo Municipal.
O projeto do museu não foi feito pela secretaria da Cultura, mas por Maria Inês Mantovani, 49, museóloga e dona da Expomus. A empresa já cuidou da logística de grandes exposições em São Paulo, como "O Brasil dos Viajantes" (1994) e "Barroco" (1998).
Ela diz que o museu vai privilegiar a reflexão: "Será um espaço de discussão". Ela não acha que o prazo de seis meses para montar a primeira mostra seja exíguo: "Dá para fazer uma exposição decente porque existe material de alta qualidade já produzido."
Frateschi quer que o museu tenha independência dos recursos públicos, para não depender da boa vontade do prefeito. Seu projeto é criar uma fundação ou autarquia. A verba para fundar o museu (R$ 6,5 milhões) a prefeitura conseguiu com a Petrobras.


Texto Anterior: Mercado ganhará restaurantes e museu
Próximo Texto: Lotações: Falha em programação superlota linhas
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.