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Brasil produz 83% das armas apreendidas no RJ
DA SUCURSAL DO RIO
Pesquisa do Iser (Instituto de
Estudos da Religião) revelou que
83% das armas apreendidas pela
polícia do Rio entre 1994 e março
de 1999 são fabricadas no Brasil.
Foram apreendidas 44.509 armas no período. Os fabricantes
americanos lideram a entrada de
armas no país entre os estrangeiros, com 40%. Os argentinos respondem por 15%; os espanhóis,
11%. Das armas apreendidas, a
maioria é de pequeno porte, as
"armas domésticas" para defesa.
Destas, 70,7% são revólveres e
15,6%, pistolas.
Também foram encontrados
2506 armamentos como espingardas, como fuzis, rifles e carabinas -6,2% das apreensões. As
metralhadoras respondem por
apenas 1,9% das apreensões
aprendidas -466 brasileiras.
A pesquisa foi apresentada ontem pela organização não-governamental Viva Rio a representantes diplomáticos de países fabricantes de armas vendidas no país.
A entidade quer que os diplomatas peçam a seus países o rastreamento da rota comercial das armas. Dos 17 cônsules convidados,
só representantes da Alemanha e
da França estiveram presentes.
"Vamos pedir que a Polícia Federal exija dos cônsules o rastreamento das armas", disse o coordenador do Viva Rio, Rubem Cesar Fernandes.
A entidade cita o código de conduta para transferência de armas
da União Européia, cujo artigo sete recomenda que não se exporte
para países que façam revenda
para o circuito criminal, terrorista
ou do crime organizado.
O Viva Rio vai pedir ao Ministério da Justiça que pressione o Paraguai -apontado como porta
de entrada principal de armas leves no Brasil- para que proíba a
venda de armas a estrangeiros.
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