São Paulo, sábado, 29 de julho de 2000


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Brasil produz 83% das armas apreendidas no RJ

DA SUCURSAL DO RIO

Pesquisa do Iser (Instituto de Estudos da Religião) revelou que 83% das armas apreendidas pela polícia do Rio entre 1994 e março de 1999 são fabricadas no Brasil.
Foram apreendidas 44.509 armas no período. Os fabricantes americanos lideram a entrada de armas no país entre os estrangeiros, com 40%. Os argentinos respondem por 15%; os espanhóis, 11%. Das armas apreendidas, a maioria é de pequeno porte, as "armas domésticas" para defesa. Destas, 70,7% são revólveres e 15,6%, pistolas.
Também foram encontrados 2506 armamentos como espingardas, como fuzis, rifles e carabinas -6,2% das apreensões. As metralhadoras respondem por apenas 1,9% das apreensões aprendidas -466 brasileiras.
A pesquisa foi apresentada ontem pela organização não-governamental Viva Rio a representantes diplomáticos de países fabricantes de armas vendidas no país. A entidade quer que os diplomatas peçam a seus países o rastreamento da rota comercial das armas. Dos 17 cônsules convidados, só representantes da Alemanha e da França estiveram presentes.
"Vamos pedir que a Polícia Federal exija dos cônsules o rastreamento das armas", disse o coordenador do Viva Rio, Rubem Cesar Fernandes.
A entidade cita o código de conduta para transferência de armas da União Européia, cujo artigo sete recomenda que não se exporte para países que façam revenda para o circuito criminal, terrorista ou do crime organizado.
O Viva Rio vai pedir ao Ministério da Justiça que pressione o Paraguai -apontado como porta de entrada principal de armas leves no Brasil- para que proíba a venda de armas a estrangeiros.



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