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OPERAÇÃO VIADUTO
Braço direito do prefeito de SP, Faria de Sá diz que alguns moradores de rua vivem como subcidadãos
"Eles são párias da sociedade", diz secretário
DA REPORTAGEM LOCAL
Braço direito do prefeito Celso
Pitta e secretário municipal de
Governo, Arnaldo Faria de Sá,
disse ontem que alguns dos moradores de rua que vivem embaixo
dos viadutos são "párias (excluídos) da sociedade".
"Eles vivem em condição de
subcidadãos, não aceitam ir para
os albergues. Alguns deles são párias da sociedade, dormem com
cachorros. Sei que estou colocando a mão em cumbuca, mas o
apoio tem sido maior do que as
críticas e alguém precisava mexer
numa situação crítica como essa."
A "Operação Viaduto" começou na semana passada com o
confisco de bens das pessoas que
vivem nesses locais. O promotor
da Cidadania Fernando Capez decidiu instaurar inquérito civil público para apurar a conduta.
A Secretaria de Vias Públicas fez
um levantamento dos viadutos da
cidade em que existem pessoas
morando e concluiu que eles são
mais de 50. Mas, de acordo com
Faria de Sá, são 43 os que estão em
situação mais crítica, representando risco de incêndio.
Segundo Faria de Sá, a vistoria
nos viadutos está sendo atualizada nesta semana e o número pode
aumentar. Ele diz que madeira,
papelão e bujão de gás são os materiais inflamáveis encontrados
frequentemente nos viadutos.
"Esses materiais são um risco
para a ocorrência de incêndios e
consequentemente podem comprometer a estabilidade dos viadutos causando grandes problemas para a população", disse.
Apesar da operação, nos últimos dois dias, nenhuma família
foi retirada de viadutos. Segundo
Faria de Sá, a estratégia da operação só foi definida ontem. Outras
operações, como a que prevê o fechamento de bares a partir da 1h e
a retirada de ambulantes, serão
estendidas para toda a cidade.
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