São Paulo, domingo, 29 de julho de 2007

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Incêndio é proporcional a combustível

DA REPORTAGEM LOCAL

A presença de combustível em excesso potencializou as conseqüências da explosão e do incêndio depois da batida do Airbus-A320 da TAM, mas é difícil avaliar até que ponto uma quantidade menor teria minimizado os estragos ou até evitado alguma das 199 mortes, de acordo com especialistas ouvidos pela Folha.
"O impacto de uma explosão é diretamente proporcional à quantidade de combustível envolvido", explica Anthony Brown, coordenador de um grupo de trabalho da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para discutir a prevenção de incêndios e explosões nas indústrias.
Segundo Brown, "teria sido mais fácil apagar" os focos do incêndio com menos querosene na aeronave.
O próprio impacto do avião na batida, porém, já foi responsável por boa parte das mortes no caso do acidente da TAM. Brown afirma que a possibilidade de alguém ter sobrevivido se houvesse menos combustível dependeria da forma como morreu e da distância em que estivesse do foco do incêndio.
Um professor da Escola Politécnica da USP, que prefere não ter seu nome divulgado, afirma que mesmo se houvesse uma ou duas toneladas de combustível no avião os estragos da explosão seriam enormes, com reduzida possibilidade de que houvesse sobreviventes.
Na avaliação dele, a principal diferença, na hipótese de não ter havido tanto querosene, seria a área afetada pelo fogo.


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