São Paulo, domingo, 29 de julho de 2007

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TRAGÉDIA EM CONGONHAS/SERVIÇO

TAM e Gol mudam vôos de Congonhas amanhã

As duas empresas transferem 55 vôos para Cumbica, Guarulhos (Grande SP)

Apesar de fechamento das duas pistas por mais de 20 minutos, movimento de passageiros em Congonhas foi tranqüilo ontem

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A partir de amanhã 30 vôos da TAM e outros 22 da Gol que chegavam ou saíam do aeroporto de Congonhas (zona sul de SP) diariamente serão transferidos para o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP).
Outros vôos serão cancelados. Ontem, mesmo com as pistas principal e auxiliar fechadas por mais de 20 minutos por causa da neblina, o movimento de passageiros em Congonhas foi tranqüilo.
A neblina causou o fechamento das duas pistas a partir das 6h45 de ontem. A pista principal foi reaberta às 7h07 e a auxiliar, às 7h16. Mas, segundo a Infraero (empresa que administra os aeroportos), não houve prejuízo nas operações.
O dado oficial é de que, até as 15h, nenhum dos 98 vôos programados foi cancelado e apenas um sofreu atraso de mais de uma hora. Nessa conta, no entanto, não está a lista de cancelamentos feitos com antecedência por Gol e TAM.
Maria Eduarda Pontes, 14, por exemplo, só soube que não haveria mais vôo para Uberlândia (MG) quando chegou a Congonhas. "A companhia aérea disse só que não há previsão de embarque", afirmou a garota, que viajava sozinha.
No restante do país, porém, o último sábado antes do reinício das aulas foi de mais cancelamentos e atrasos. Dos 776 vôos previstos até as 12h30, 14,4% atrasaram mais de uma hora e 8,5% foram cancelados.
A pior situação ocorreu em cidades turísticas como Salvador, com 13,6% de cancelamento, e Galeão, no Rio de Janeiro, onde 12,5% dos vôos não ocorreram. Em Recife, não houve cancelamento, mas atrasos em 38,4% das partidas.
Em Cumbica, havia 124 vôos programados até as 13h. Desses, cinco foram cancelados e 26 tiveram atrasos de mais de uma hora. Ainda assim, não houve filas e o clima era de calma.
O caos dos últimos dias fez muita gente desistir de voar e procurar as rodoviárias. A estudante Emily Cavalcante Westphalen, 14, que viaja duas vezes por ano de Curitiba a São Paulo, fez sua estréia de ônibus ontem. "Nem sei o que esperar, mas preferi levar seis horas com segurança do que perder tempo no aeroporto e ainda me arriscar", disse, no terminal Tietê. (CINTHIA RODRIGUES, JOHANNA NUBLAT e VERENA FORNETTI)


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