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TRAGÉDIA EM CONGONHAS/SERVIÇO
TAM e Gol mudam vôos de Congonhas amanhã
As duas empresas transferem 55 vôos para Cumbica, Guarulhos (Grande SP)
Apesar de fechamento das
duas pistas por mais de 20
minutos, movimento de
passageiros em Congonhas
foi tranqüilo ontem
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A partir de amanhã 30 vôos da TAM e outros 22 da Gol que
chegavam ou saíam do aeroporto de Congonhas (zona sul
de SP) diariamente serão transferidos para o
aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP).
Outros vôos serão cancelados.
Ontem, mesmo com as pistas principal e
auxiliar fechadas por mais de
20 minutos por causa da neblina, o movimento de passageiros em
Congonhas foi tranqüilo.
A neblina causou o fechamento das
duas pistas a partir das 6h45
de ontem. A pista principal
foi reaberta às 7h07 e a auxiliar, às 7h16.
Mas, segundo a Infraero (empresa que administra os aeroportos), não houve prejuízo
nas operações.
O dado oficial é de que, até as
15h, nenhum dos 98 vôos programados foi cancelado e apenas um sofreu atraso de mais de
uma hora. Nessa conta, no entanto, não está a lista de cancelamentos feitos com antecedência por Gol e TAM.
Maria Eduarda Pontes, 14,
por exemplo, só soube que não
haveria mais vôo para Uberlândia (MG) quando chegou a
Congonhas. "A companhia aérea disse só que não há previsão
de embarque", afirmou a garota, que viajava sozinha.
No restante do país, porém, o
último sábado antes do reinício
das aulas foi de mais cancelamentos e atrasos. Dos 776 vôos
previstos até as 12h30, 14,4%
atrasaram mais de uma hora e
8,5% foram cancelados.
A pior situação ocorreu em cidades turísticas como Salvador, com
13,6% de cancelamento, e Galeão,
no Rio de Janeiro, onde 12,5% dos
vôos não ocorreram. Em Recife,
não houve cancelamento, mas
atrasos em 38,4%
das partidas.
Em Cumbica, havia 124 vôos programados até
as 13h. Desses, cinco foram cancelados e 26 tiveram atrasos de
mais de uma hora. Ainda assim, não
houve filas e o clima era de calma.
O caos dos últimos dias fez muita
gente desistir de voar e procurar as
rodoviárias. A estudante Emily Cavalcante Westphalen, 14, que
viaja duas vezes por ano de Curitiba a São Paulo, fez sua estréia de ônibus ontem. "Nem
sei o que esperar, mas preferi
levar seis horas com segurança
do que perder tempo no aeroporto e ainda me arriscar", disse, no terminal Tietê.
(CINTHIA RODRIGUES, JOHANNA NUBLAT e VERENA
FORNETTI)
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