São Paulo, domingo, 29 de julho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TRAGÉDIA EM CONGONHAS/FAMÍLIAS

Famílias aguardam com angústia liberação de corpos

Mais de dez dias após o acidente, 99 das 199 vítimas ainda não foi reconhecida

Reportagem acompanhou na última semana o dia-a-dia de quatro famílias que esperam a identificação de vítimas do acidente

DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Incontáveis idas ao IML (Instituto Médico Legal), reuniões sobre identificação dos mortos, valores de indenizações e boletins de ocorrências, encontros com psicólogas, missas de sétimo dia.
Depois do choque de saber que seus parentes foram vítimas do acidente da TAM, famílias de várias partes do país vivem agora dias de angústia à espera do reconhecimento dos corpos. Algumas voltaram para suas cidades, outras continuam alojadas em hotéis em São Paulo. Todas torcem para que a identificação ocorra o mais rapidamente possível.
Na última semana, a Folha acompanhou o dia-a-dia de quatro famílias que aguardam um telefonema do IML informando que o corpo foi encontrado. Uma recebeu a notícia na sexta-feira. Outra, teve dois familiares identificados, mas ainda faltam outros dois. As demais continuam sem nenhuma informação. O tempo, para elas, se arrasta.
Das 199 vítimas, 100 tinham sido identificadas até ontem. O trabalho dos legistas segue sem intervalos, mas não há nenhum prazo para que termine. Além disso, várias das vítimas não poderão ser identificadas nem por exame de DNA. Isso porque há corpos que, de tão queimados, ficaram calcinados, ou seja, reduzidos a cinzas, o que impossibilita qualquer tipo de identificação.
Enquanto isso, os parentes tentam se adaptar a uma nova vida e contam como têm sido os últimos dias. Para os que esperam os corpos, é um velório que não tem fim.


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Parente pede o corpo do "jeito que estiver"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.