São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 2002

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SAÚDE

Do total, 23 mi seriam mulheres

Doenças sexuais já atingem 30 milhões

TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO

Vergonha e falta de informação são algumas das teses do Ministério da Saúde para explicar o número de brasileiros com DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) -sem incluir a Aids.
Pesquisa do ministério estima que há hoje 30 milhões de pessoas (um para cada seis brasileiros) no país infectadas por alguma DST. Desse total, 23 milhões seriam mulheres. A cada ano estimam-se 10 milhões de novos casos.
Segundo o coordenador-adjunto do Programa de DST/Aids do ministério, Alexandre Grangeiro, deve ser dado um alerta para as consequências das doenças.
Algumas das consequências: as DSTs aumentam em até 18 vezes os riscos de contrair o HIV; o condiloma acuminado (HPV) é responsável por 95% dos casos de câncer do colo do útero, que mata 7.000 mulheres por ano; e a sífilis pode levar à esterilidade e, no gravidez, a um aborto espontâneo.
Como a notificação de DSTs é obrigatória somente para Aids, o ministério pode apenas estimar a quantidade de infectados.
A metodologia usada baseou-se nas indicações da OMS (Organização Mundial de Saúde), segundo a qual para cada caso registrado pelo SUS (Sistema Único de Saúde), há cem pessoas que buscam tratamento na farmácia.
"As mulheres estão mais sujeitas às doenças porque o órgão genital é interno e elas só percebem que estão infectadas depois que a doença já evoluiu. O tratamento é, muitas vezes, tardio", disse Grangeiro.


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