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SAÚDE
Do total, 23 mi seriam mulheres
Doenças sexuais já atingem 30 milhões
TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO
Vergonha e falta de informação
são algumas das teses do Ministério da Saúde para explicar o número de brasileiros com DSTs
(Doenças Sexualmente Transmissíveis) -sem incluir a Aids.
Pesquisa do ministério estima
que há hoje 30 milhões de pessoas
(um para cada seis brasileiros) no
país infectadas por alguma DST.
Desse total, 23 milhões seriam
mulheres. A cada ano estimam-se
10 milhões de novos casos.
Segundo o coordenador-adjunto do Programa de DST/Aids do
ministério, Alexandre Grangeiro,
deve ser dado um alerta para as
consequências das doenças.
Algumas das consequências: as
DSTs aumentam em até 18 vezes
os riscos de contrair o HIV; o condiloma acuminado (HPV) é responsável por 95% dos casos de
câncer do colo do útero, que mata
7.000 mulheres por ano; e a sífilis
pode levar à esterilidade e, no gravidez, a um aborto espontâneo.
Como a notificação de DSTs é
obrigatória somente para Aids, o
ministério pode apenas estimar a
quantidade de infectados.
A metodologia usada baseou-se
nas indicações da OMS (Organização Mundial de Saúde), segundo a qual para cada caso registrado pelo SUS (Sistema Único de
Saúde), há cem pessoas que buscam tratamento na farmácia.
"As mulheres estão mais sujeitas às doenças porque o órgão genital é interno e elas só percebem que estão infectadas depois que a doença já evoluiu. O tratamento é, muitas vezes, tardio", disse Grangeiro.
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