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VIOLÊNCIA
Segundo inquérito da polícia, Rodrigo Farrampa Guilherme atirou com intenção de assassinar menina e advogado
Suspeito de matar Tainá é indiciado por homicídio doloso
DAGUITO RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL
O delegado Marcos Gomes
Moura, do 14º DP, em Pinheiros
(zona oeste), concluiu ontem o
inquérito que apura a morte de
Tainá Alves de Mendonça, 5. Rodrigo Henrique Farrampa Guilherme foi indiciado por homicídio doloso -pela morte de Tainá- e tentativa de homicídio -o
advogado Marcos Vassiliades Pereira levou dois tiros. A garota foi
morta no dia 11, em uma briga de
trânsito no Alto de Pinheiros.
"Houve a intenção de matar,
tanto a primeira quanto a segunda [vítima", pois ele sabia que tinha gente no carro", disse Moura.
Familiares de Tainá e Pereira dizem que o atirador foi avisado
que havia crianças no Kadett. A
defesa de Farrampa Guilherme
alega que ele tentou acertar o advogado, que teria corrido para o
carro para pegar uma arma.
A polícia descartou a possibilidade de Pereira estar armado. Segundo o delegado, foram ouvidas
mais de dez testemunhas e nenhuma teria visto outra arma.
O menor P. R. S. S., 17, que estava no Monza de Farrampa Guilherme, disse ter sido agredido
pelos perseguidores. Já Pereira
afirmou que os tiros teriam sido
disparados sem haver discussão.
Uma emissora de televisão divulgou há cerca de duas semanas
entrevista com supostas testemunhas que afirmaram terem visto a
agressão. Moura disse ontem que
elas foram chamadas para depor e
desmentiram o que haviam dito.
A polícia não encontrou o revólver 38 usado na noite do crime,
nem projéteis que confirmem o
calibre da arma. A única bala encontrada ainda está alojada no
corpo do advogado.
Tanto o delegado quanto a promotora Mildred Gonzales Campi
afirmaram que não há dúvidas
sobre quantos carros perseguiram o Monza. A polícia apurou
que o Astra de Pereira e o Kadett
de Fábio Valente de Mendonça
Jr., tio da garota, seguiram Farrampa Guilherme, o menor P. e
outro ocupante do carro por cerca
de 20 minutos após o Monza bater no Astra do advogado.
Rosana Alves, mãe de Tainá,
afirmou na terça-feira que três
carros teriam perseguido o Monza. Ontem, ela anunciou que se
equivocou. "O Fábio disse que foram dois."
O inquérito foi entregue ontem
para a promotora, que tem cinco
dias para fazer a denúncia contra
Farrampa Guilherme. Mildred
adiantou que a denúncia seguirá o
indiciamento feito pelo delegado.
Farrampa Guilherme está preso
desde sexta-feira.
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