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INFÂNCIA
Exame comprovou filiação
Bebê tido como morto é devolvido à mãe no CE
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
O resultado de um exame de
DNA comprovou a filiação de um
bebê tido como morto por mais
de três meses, na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, em
Fortaleza.
A mãe, a auxiliar de contabilidade desempregada Maria do Socorro Morais Amador, 30, soube
que o filho estaria vivo somente
no final de julho, mais de três meses depois de ter dado entrada no
hospital para dar à luz, no dia 13
de abril. Ela disse ter sido informada, na ocasião, de que seu bebê
teria morrido ao nascer.
Ontem mesmo, assim que soube do resultado do exame, a mãe
levou para casa o filho, batizado
pelas enfermeiras de Gabriel, e
que hoje está pesando 2,365 quilos -ele nasceu com pouco mais
de 800 gramas. O nome, segundo
a mãe, será mantido.
Maria do Socorro afirma que
pretende entrar na Justiça para
processar a maternidade. Ela
guarda o atestado médico emitido no dia em que saiu do hospital
como prova da falta de informação da maternidade.
Uma sindicância da UFC (Universidade Federal do Ceará), que
administra a maternidade, investiga as responsabilidades.
O diretor do estabelecimento,
Manoel Oliveira, afirma que não
ocorreram erros, já que é realizado um controle bastante rígido
dos bebês, e também nega que a
criança tenha sido considerada
morta pela maternidade.
Nas primeiras semanas do mês
de junho, 15 bebês morreram na
UTI neonatal por infecção hospitalar provocada pela superlotação
da unidade.
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