São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 2002

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INFÂNCIA

Exame comprovou filiação

Bebê tido como morto é devolvido à mãe no CE

KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O resultado de um exame de DNA comprovou a filiação de um bebê tido como morto por mais de três meses, na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, em Fortaleza.
A mãe, a auxiliar de contabilidade desempregada Maria do Socorro Morais Amador, 30, soube que o filho estaria vivo somente no final de julho, mais de três meses depois de ter dado entrada no hospital para dar à luz, no dia 13 de abril. Ela disse ter sido informada, na ocasião, de que seu bebê teria morrido ao nascer.
Ontem mesmo, assim que soube do resultado do exame, a mãe levou para casa o filho, batizado pelas enfermeiras de Gabriel, e que hoje está pesando 2,365 quilos -ele nasceu com pouco mais de 800 gramas. O nome, segundo a mãe, será mantido.
Maria do Socorro afirma que pretende entrar na Justiça para processar a maternidade. Ela guarda o atestado médico emitido no dia em que saiu do hospital como prova da falta de informação da maternidade.
Uma sindicância da UFC (Universidade Federal do Ceará), que administra a maternidade, investiga as responsabilidades.
O diretor do estabelecimento, Manoel Oliveira, afirma que não ocorreram erros, já que é realizado um controle bastante rígido dos bebês, e também nega que a criança tenha sido considerada morta pela maternidade.
Nas primeiras semanas do mês de junho, 15 bebês morreram na UTI neonatal por infecção hospitalar provocada pela superlotação da unidade.


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