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São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 2003

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OUTRO LADO

Para coronel, números são "exagerados"

DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do Instituto de Segurança Pública do Rio, coronel Jorge da Silva, disse que os números do relatório da Anistia Internacional são "exagerados" e "magnificados". "Não sei de onde eles tiraram esses números", disse.
Em nome do secretário estadual de Segurança, Anthony Garotinho, Silva afirmou que o relatório foi "uma invenção dos países centrais".
Citado no relatório da Anistia, o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), voltou a se dizer favorável ao uso da violência policial caso não haja cumprimento da lei. Maia foi criticado por suas declarações durante rebelião em Bangu 1, em 2002. Na ocasião, afirmou que, se fosse governador, mandaria o Batalhão de Operações Especiais invadir o presídio.
Outro citado no documento, o coronel Josias Quintal, deputado federal e ex-secretário de Segurança Pública, não foi encontrado pela reportagem.
Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, por meio de nota oficial, que o respeito aos direitos humanos não pode ser confundido com "complacência em relação a atividades criminosas nem com boa vontade com os criminosos".
Na nota, Alckmin sustentou que as afirmações da Anistia Internacional "partem de premissas falsas e chegam a conclusões erradas". Ainda segundo a nota, a polícia trabalha dentro da lei e respeita os direitos humanos.
A assessoria da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo negou, também por nota, a existência de uma política de apoio a abusos de autoridade cometidos por policiais. Segundo a assessoria, 547 policiais foram expulsos ou demitidos em 2003 e 7.926, punidos.


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