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OUTRO LADO
Para coronel, números são "exagerados"
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do Instituto de
Segurança Pública do Rio, coronel Jorge da Silva, disse que
os números do relatório da
Anistia Internacional são "exagerados" e "magnificados".
"Não sei de onde eles tiraram
esses números", disse.
Em nome do secretário estadual de Segurança, Anthony
Garotinho, Silva afirmou que o
relatório foi "uma invenção
dos países centrais".
Citado no relatório da Anistia, o prefeito do Rio, Cesar
Maia (PFL), voltou a se dizer favorável ao uso da violência policial caso não haja cumprimento da lei. Maia foi criticado
por suas declarações durante
rebelião em Bangu 1, em 2002.
Na ocasião, afirmou que, se
fosse governador, mandaria o
Batalhão de Operações Especiais invadir o presídio.
Outro citado no documento,
o coronel Josias Quintal, deputado federal e ex-secretário de
Segurança Pública, não foi encontrado pela reportagem.
Já o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, por meio de nota oficial,
que o respeito aos direitos humanos não pode ser confundido com "complacência em relação a atividades criminosas
nem com boa vontade com os
criminosos".
Na nota, Alckmin sustentou
que as afirmações da Anistia
Internacional "partem de premissas falsas e chegam a conclusões erradas". Ainda segundo a nota, a polícia trabalha
dentro da lei e respeita os direitos humanos.
A assessoria da Secretaria da
Segurança Pública de São Paulo negou, também por nota, a
existência de uma política de
apoio a abusos de autoridade
cometidos por policiais. Segundo a assessoria, 547 policiais foram expulsos ou demitidos em 2003 e 7.926, punidos.
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