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SEGURANÇA
Informação apontará se houve troca de notas
Promotoria quer saber se polícia tem número de série de dólares falsos
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público de São
Paulo irá apurar se a Polícia Civil
registrou o número de série dos
dólares falsos apreendidos com
um traficante em 87 e que podem
ter sido desviados do Departamento de Narcóticos (Denarc).
Em 16 anos, sumiram dos cofres
da unidade US$ 582 mil dos US$
1,850 milhão achados na época.
Segundo a Folha apurou, a auditoria interna feita pelo Denarc
no último ano não conseguiu encontrar tal relação. Ou seja, se
confirmada a falta dessa informação, não será possível saber se os
dólares recolhidos até agora pela
Justiça -US$ 1,265 milhão- são
os da apreensão de 87 nem se foram "lavados" após o desvio.
"Quando da apreensão, os dólares precisavam ter sido catalogados", afirma Saad Mazloum, promotor da cidadania da capital.
No documento de apreensão
dos dólares, segundo a Justiça Federal, consta apenas a descrição
de 185 pacotes, cada um de US$ 10
mil. A assessoria do Tribunal Regional Federal de São Paulo não
soube informar se há outros documentos com a numeração de
série no processo sobre o caso.
O caso dos "dólares fantasmas"
foi descoberto pela juíza-corregedora do Dipo (Departamento de
Inquéritos Policiais) da capital,
Ivana David Boriero, no ano passado. Ao assumir, ela determinou
o recolhimento de tudo que o órgão havia fornecido ao Gradi
(Grupo de Repressão e Análise
dos Delitos de Intolerância), extinto pela PM após denúncias de
irregularidades. Parte dos dólares- US$ 601 mil- veio no pacote, pois tinha sido repassado
pelo Dipo para ações do serviço
de inteligência da PM.
Para a juíza, apenas a Justiça Federal poderia ter liberado o dinheiro para investigações do Denarc. Havia uma autorização de
92, do Dipo, liberando as notas
para a unidade de narcóticos.
Ontem, a Justiça Federal ainda
não havia decidido qual seria o
destino dos US$ 664 mil devolvidos pelo Denarc nem quais medidas seriam tomadas em relação
aos US$ 582 mil não devolvidos.
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