São Paulo, terça-feira, 29 de agosto de 2006

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Outro lado

Acusado diz que irmão quis extorquilo

DA REPORTAGEM LOCAL

Acusado de ser o mandante do assassinato de Bruce Lee, o presidente do sindicato, José Carlos de Sena, nega envolvimento no crime, acusa seu irmão, Lauro Bispo, de tentar extorqui-lo e considera "invenção" os problemas de relacionamento entre ele e Gonçalves. "É um complô para tomar o sindicato."
Sena conta que, sob ameaça de que faria denúncias contra ele, Bispo teria pedido R$ 150 mil por supostas dívidas trabalhistas. Também acusa o irmão, que foi diretor do sindicato de 1994 a 1999, de ter sido afastado por extorquir dinheiro de trabalhadores nas empresas.
Ele afirma que não denunciou o irmão à polícia na época por não ter provas nem testemunhas, "só o que se comentava aqui, no sindicato".
Na noite anterior ao crime, Sena diz que estava em casa. Quanto à discussão da possibilidade de matar Bruce Lee, afirma que essa conversa com o então vice-presidente do sindicato, José Raimundo Sobral Ferreira, não existiu. "A bronca dele não é comigo. É com a diretoria que tirou ele da chapa."
Ele afirma que considerava Bruce Lee um amigo. "Eu tinha mais amizade com ele do que com meus irmãos. Nunca brigamos. Ele tinha uma disputa, mas não era comigo, era com meu vice-presidente, o Sobral. Minha gestão estava sendo questionada, mas a questão era com dois diretores, Sobral e Luiz Batista. Eles queriam o afastamento da diretoria." (RV)


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